Wednesday, December 12, 2007

Fama Show - A Caminho da Final


Bom, o vosso show favorito da TV está na recta final. Qem acham vocês q vai ficar com o carro, a mola e aqela viagem p’ros “States” (fogo, qem me dera!)?
As últimas galas têm sido bastantes irregulares em termos de espectacularidade, tendo algumas sido melhores q as outras, mas nenhuma das galas foi realmente espectacular (claro q não).

Não acompanhei a 6ª gala, mas ouvi dizer q foi uma bagunça, com a saída de Eulália Hortência e um dos professores a chorar e ameaçar q ia deixar a academia por isso. Hã? Q papo é esse agora? Qero dizer, é claro q a saída de Eulália foi super injusta, mas isso é de se esperar num concurso cujo destino dos participantes é determinado pelo voto público. Essa é a regra do jogo e o professor Adérito sabia disso de antemão. Então q teatro foi esse? No dia seguinte estava no Music Box, a falar de um espectáculo q estava a organizar para celebrar os seus anos de estrada como pianista. Hmm...

A 7ª gala foi matreca. Houveram duetos (é houveram ou houve?- português...). Duetos fracos, o pior dos quais foi o de Júlio António e Kelvin Ismael q tentaram interpretar same girl de R. Kelly e Usher. O outro dueto falido foi o de Amélia Lichucha (campeã de votos) e Ângelo Mário q “interpretaram” Amahihi de Ziqo e Lizha James. Q decepção, nunca pensei q Lichucha fosse desafinar, meu brada!
Uma ou outra pessoa fez uma interpretação um tanto enérgica, mas vocalmente os melhores só estiveram bem e os restantes nem por isso.

Na 8ª gala as coisas melhoraram. Coincidiu com o dia mundial do SIDA e os participantes tinham q dizer algo à propósito. A Concorrente de Manica, Carla Maria, disse uma cena mais ou menos assim: “...estejam à vontade. Esta doença não significa q é a morte.” Eh, yá! No q respeita às actuações quase todos estiveram bem nas suas actuações “à solo”. Nos duetos a história repetiu-se.

A última gala (9ª), também não foi tudo isso em termos de espectáculo, mas provavelmente não se pode exigir mais. Nuno Abdul e Júlio António, não estiveram bem, aliás Nuno já tá na curva descendente há muito. Júlio António nunca me convenceu. Abuchamo Munhoto é o mais consistente dos concorrentes e por isso merecedor do prémio. Mas Ângelo Mário de Gaza também merece. É o concorrente q mais mostrou evolução.
Só ficaram três meninas: Amélia Lichucha, Yolanda Ana e Esperança Bembele. Suas interpretações nesta gala foram boas, mas não convenceram em trio ao interpretar emotions das Destiny’s Child tendo Yolanda sido a melhor. Esperança foi bastante irregular durante quase todo o programa. Então p’ro top 3, qualqer entre Lichucha e Ana são merecedoras.
Surpreendentemente Abel Crisanto q nunca havia cantado razoavelmente seqer, nesta gala saiu-se bem ao interpretar minha mãe dos Mozpipa. Ah, só agora...

Previsão do Kanino – Top 3

1. Abuchamo Munhoto;
2. Amélia Lichucha/ Yolanda Ana;
3. Ângelo Mário

Diferente disto, é batota.

Monday, December 10, 2007

Álbum em Revista


Tente isto em Kasa (sessões de remistura), Vol. I – Paiol Sonoro


Já faz algum tempo desde a última vez q passei aqi um álbum em revista. Não sei o q ‘tá-se a passar comigo, mas fora o facto de andar meio ocupado, já não tenho aqela vontade de sentar, ouvir um álbum, fazer a minha análise (ainda q ignorante) do mesmo e escrever algo. Das duas, uma: ou esses rappers não ‘tão a dar conta do recado, ou eu ‘tô a ficar velho p’ro Rap. Eu prefiro pensar q é a primeira.

Há anos q eu venho dizendo q há um desfasamento entre a produção musical e o conteúdo lírico da nova música moçambicana em geral e do rap em particular. Há muitos e bons produtores q até podiam vender seus beats à artistas internacionais e têm mostrado evolução nessa área com o passar do tempo. Mas já quanto à liricistas o mesmo não se verifica. Só um e outro têm a capacidade estabelecer eqilíbrio e harmonia entre essas duas componentes.

O Paiol sonoro é um grupo de produtores do género Hip Hop, q pertencem à gravadora 911- Estúdio Genérico, q está a conqistar terreno na cena underground do Rap nacional. O grupo constituído por Neurotoxina, Freeyamind e AljazZ, já trabalhou com vários rap-istas do meio, e lançou alguns trabalhos incluindo o Marketráfico Vol. I, q obteve relativo sucesso nos programas radiofónicos de Hip Hop (principalmente o clássico Hip Hop Time) e cujo single principal foi uma luz q até passou pela televisão.
Tente isto em casa (sessões de remistura), Vol. I é o mais recente (acho eu) trabalho do grupo de produtores a sair às ruas. A idéia foi, como o próprio nome do álbum sugere, pegar em canções já gravadas e conhecidas e dar-lhes uma nova roupagem, então não há aqi muito a ser dito. Num alinhamento de 14 faixas, o CD conta com as vozes de MC’s como Azagaia (As mentiras da verdade), Iveth (Seja Feliz), o duo F&G (o Nosso Som) e Xitiku Ni Mbaula (dingzwayu ani ritu) entre outros. Se és um purista e tens ouvido p’ra Hip Hop com influências do Jazz tipo A Tribe Called Quest, DJ Jazzy Jeff, Pete Rock ou mesmo o malogrado Jay Dilla, que por sinal é a principal influência para estes produtores, então este álbum é p’ra ti. É mesmo isso q aqi vais encontrar. No q toca aos raps, não há muito a dizer, é aqela base: rap “positivo”. Tirando temas como as mentiras da verdade, q dispensa qualqer tipo de comentários, dingzwayu ani ritu e os “punch lines” de Sick Brain em longa metragem, é aqela cena. Os principais senãos deste álbum: a faixa das Female Emcees e o facto de O nosso som dos F&G aparecer duas vezes. Porqê? Porqe não chamaram o velho Kanino p’ra rap-ar num dos beats? 3.0 Xigovias.

Promoção da cultura, o tanas!

Meu mano Magus Delírio escreveu uma postagem interessante sobre essa corrente da nova música jovem moçambicana Dzucuta/ Pandza, na qual deu p’ra se concluir q a mediocridade resgatou a moçambicanidade (seja lá o q moçambicanidade qer dizer). E os jovens não teriam provavelmente conseguido essa “proeza” sem a ajuda da mcell. Nesse sentido o meu apreço à empresa pelo apoio. Qero dizer, tem de se começar de algum lado e não se pode negar q hoje em dia as coisas ‘tão bem melhores p’ros fazedores de música (autênticos ou não) moçambicanos. Basta ser-se esperto e aliar-se aos mais “fortes” (se é q me entendem). Ou seja, como diria MC Roger, estar updated.
Mas eu não consigo deixar de pensar q, se gente medíocre conseguiu fazer essa espécie de revolução na situação da nossa música, o q teria sido se esse apoio fosse dado à artistas de verdade? Mas bom, é o q é...

Estamos no verão e como de costume a mcell patrocina a maior parte de eventos ligados à música jovem, naqilo q agora chamam de novidades do verão, tendo já sido lançados os novos álbuns de estrelas como Dama do Bling, Stewart, Valdemiro José, Lizha James, Doppaz, Ziqo & Denny O.G. (‘pera aí, não me digam q Stewart agora é da Bang Ent.? Seria uma jogada esperta, era disto q eu tava a falar no princípio. Às tantas a seguir vai Neyma. Já deixou Yeyé como qem deixa um mau hábito, porqe é q não pode deixar Dinho XS?). Outro evento q me vem à memória no momento é a celebração dos dez anos de carreira de MC Roger. E claro o vosso “reality show” (não me façam rir logo de manhã...), o Fama Show aos domingos.

Se olharmos p’ra estes nomes q acabei de mencionar, são os nomes q estão a bater. Vendem discos. Arrastam multidões (por assim dizer). Bem, não sei quanto à Stewart, mas a avaliar pela rotatividade do seu último single Felizminha, a coisa vai bem. Então ‘tão a ver, é tudo uma qestão de fluxo de caixa. Por exemplo Mingas deu um show de celebração de trinta anos de estrada mas não teve direito à tempo d’antena como MC “fato italiano” Roger.
E depois tem o Fama Show (Bayano Valy também escreveu algo interessante sobre o programa), q é suposto ser uma forma de descobrir novos talentos e encaminhá-los nessa árdua carreira de músico. Na verdade o q se vê é q o show não passa de mais uma forma de a mcell e os seus parceiros facturarem mais algum, arrastando adolescentes lá p’ro cine África e fazendo-os gastar via sms.
Louvem a mcell o quanto vocês qiserem e eu não ‘tô aqi a dizer q o q eles fazem é negativo, mas não se deixem enganar pensando q estão a promover a nossa cultura. ‘Tão mazé a fazer mola, isso sim...

Tuesday, December 04, 2007

É tudo estratégia de marketing...

Devia ter posto isto o outro dia, mas depois me esqeci...

Naqele debate da Adriana Anabelópolis (algo me diz q não é bem assim o nome dela), sobre O q é Música Moçambicana q aconteceu no início do ano, eu me recordo de tê-la ouvido à perguntar aos presentes se não era o marketing um factor determinante na imposição da música jovem sobre a da velha-guarda. O q me pareceu nesse dia, foi q as pessoas estavam mais interessadas em atirar pedras umas às outras do q qualqer outra coisa.
A resposta é: também. Há duas (principais) razões porq a nova-escola domina o “mercado” discográfico nacional: 1. Oferta, 2. Promoção (o tal marketing então).

Quando falo de oferta, não sei se ‘tô a usar o termo correcto, mas a verdade é q muitos dos artistas da velha guarda vivem do passado. E quando regressam ao estúdio, é p’ra gravar um par de inéditos e o resto é material velho. Fogo, MC Roger tem dez álbuns na manga!! Dez! Matrecada ou não, está lá nas prateleiras. A Dama do Bling q começou a carreira no ano passado já vai no seu segundo estoiro, Ziqo já tem uns quatro, Oliver Style também por aí, epa, enfim...
No q toca à promoção, ‘tamos na era dos vídeos em Moçambiqe. Quando foi a última vez q viste um vídeo de uma velha-glória? Nada! Os putos descobriram q nos dias q correm, talento na música é o último dos reqisitos p’ro sucesso. Tudo depende da máqina de promoção do teu “trabalho”. Tudo vale, desde os vídeos escandalosos à rixas entre artistas, à fofocas, o q for preciso p’ra chamar a atenção do público. O q me traz ao meu tópico p’ra hoje (hmm, isto vai ser longo...).

O outro dia à tarde eu tava à ver TV, era o Music Box e Celso Domingos enfatizou q aqele era um programa “importante” porqe Stewart ia dissipar todas as dúvidas sobre os rumores de q ele era seropositivo. Eu “Ah é, afinal há esses rumores?” ‘Tão à ver, eu não sabia nada disso, até aqele dia, vocês sabiam? Mas depois Celso continuou dizendo q também ia passar em exclusivo o novo vídeo de Sukuma q integrava o novo álbum, a ser lançado dali p’ra breve. E eu “ah, então é isso!”. Qero dizer, fogo, o tal boato surgiu lá p’ra 1999 ou coisa assim, porqe é q só em 2007, o autor de Olumwenko decidiu “qebrar o silêncio”? Nas vésperas do lançamento do seu último esforço? E o pior é q o gaj’ tava ali se lamentar do facto de as pessoas andarem a especular e a sugerir esse tipo de coisas sobre a sua saúde e tal, mas de repente começa a dizer tretas sobre Jeremias Ngwenya tipo “... eu não estou a dizer q ele morreu de SIDA, mas Jeremias morreu de ignorância e estupidez, ...porq ele não qis se tratar, blá, blá, blá...” ‘Tão a ver ele reclama desse tipo de comportamento mas logo a seguir faz o mesmo, e no caso é pior, já q Jeremias não tá aqi p’ra se defender. Mas ei, como eu disse tudo vale neste jogo. Tudo vale pela atenção pública e promoção de discos. É o q é...

Tuesday, November 27, 2007

Ao vosso dipôr, Kanino

‘Tô de volta, fofas!! Com’é, sentiram falta dum gaj’? Eu sei q sim. Ha ha! Ei, um com’é também p’ros manos q procuraram por mim neste espaço. Uns devem ter pensado “o gaj’ deve ter conseguido uma gaja e já não qer saber do blog...” e outros “às tantas levou com uma bala perdida ou uma cena assim...”. Nah, nada disso, se bem q qualqer uma dessas possibilidades faz todo sentido, qero dizer, se eu encontrar a moça dos meus sonhos (tu sabes, miolos peqenos, bunda grande), é muuuito provável q eu desapareça por uns minutos (dependendo do tamanho da bunda), taza ver, p’ra recuperar o tempo perdido. Quanto à bala perdida, epa, ainda estamos em 2007- ano marcado pela violência- e tudo é possível. Pior p’ra mim, q vivo perto de uma esquadra. De repente vai lá um jovem advogado acompanhar um cliente e tufa!! ‘Cês sabem como polícias “não podem” com advogados, provavelmente porq eles (os advogados) “se fazem maningue”...


Tenho andado ocupado. É isso. Ei, a coisa não ‘tá fácil, sócio. Não posso me dar ao luxo de dedicar todo o meu tempo a escrever um blog. O outro dia, aquando do espectáculo do lançamento do disco de... Stewart, acho eu, meu brada G manda-me uma sms q dizia mais ou menos assim: “ Então não vais? Vais xcrever no blog q ouviste dizer q o show foi nice...” ao q respondi “porq é q tenho q escrever alguma coisa? Q se lixe o blog! ninguém me paga pa escrever aqela merda...”. Pois é. Mas ‘tô aqi, não tô? ‘Tamos juntos.


Ah, a propósito, p’ra aqeles q não sabem, o Sangue Moz faz este mês um ano de existência. Geralmente à passagem de um aniversário, a gente pôe-se a reflectir e tal, sobre o q tem sido e o q vai ser. Mas eu não vou me maçar com reflexões e balanços, isto é só um blog. E nem seqer é um blog importante. É só uma forma q encontrei de expressar algumas coisas q me vão na cabeça e dar uma de jornalista cultural (espero q Ouri não esteja a ler isto). É só uma forma q encontrei de me divertir e... ocupar o meu tempo (oops). É só uma forma q encontrei de interagir e aprender convosco. Por isso, o Sangue Moz ‘tá aqi, eu ‘tô aqi e não vou à lugar nenhum. Podem contar comigo...


Ao dispôr

Wednesday, November 07, 2007

Fama Show (4ª gala) – Revista


Se vocês leram a resenha q fiz da 1ª gala do Fama, já imaginam então q não vou ser consistente com a coisa. Tenho q estar realmente desocupado p’ra ficar em frente ao televisor ou mesmo ir ao Cine África p’ra acompanhar as galas. Não q ande ocupado com coisas importantes: se não ‘tô a jogar à bola-ao-cesto, ‘tô a reclamar da vida com os manos no bar da zona ou a tentar arrastar uma distraída lá p’ra minha dep (qero dizer p’ra dep onde me deixam dormir), mas epa...
Uma coisa sobre esta edição do Fama q deu p’ra reparar é q em comparação com as pretéritas duas, o número de pessoas com potencial vocal é maior. Assim, eu penso q daqi à mais duas galas, se sair qem realmente não merece continuar na “academia”, o show vai ser interessante de se curtir. Mas ok, vamo-lá apanhar o gajo:


As melhores actuações (como sempre, não importa a ordem de menção)

Kelvin Ismael – interpretando recomeçar do R&B-ista moçambicano Preto, deu-se bem. Eu me pergunto será q os cantores (moçambicanos) cujas canções são usadas no Fama ganham alguma coisa com isso? Deviam, não?


Abuchamo Muchoto – Naqilo q ele próprio chamou de homenagem ao falecido Lucky Dube (perdão, o grande Lucky Dube), “Buch” pôs a sala ao rubro com a sua perfomance. Em termos vocais não foi tudo isso, mas valeu pela energia q transmitiu. Apareceu de mechas. Porqê? Se lhe for atribuído uma canção duma mulher como é q vai ser? Hmm...

Eulália Hortência – não estava nos seus dias. Interpretou ndzita chava a colete de Safira José. É claro q o ‘blema não foi desafinação, mas sim concentração (ou falta dela), porq perdeu-se algumas vezes, como qem se esqece da letra. Ainda assim conseguiu fazer parte da minha lista dos melhores...

Arlete Fernandes – uma das vozes mais potentes entre os concorrentes. Interpretou when you believe de Whitney e Mariah, mas na versão do brasileiro Robson, como devia ser, apesar de não ter convencido o juíz convidado Nelson Maqil...

Yolanda Ana – uma das melhores actuações da tarde. Cantando um tema do duo brasileiro de irmãos Sandy & Júnior, Yolanda provou q não ‘tá ali p’ra brincadeiras.

Nuno abdul – um dos favoritos do público femenino. Felizmente o individuo sabe cantar. Interpretou nha coração de Grace Évora com muita segurança.

Amélia Lichucha – a sósia de Júlia Mwito. Outra das vozes de peso da academia. Cantou king of sorrow de Sade de forma convincente, excepto talvez p’ra a juíza Elvira Viegas.

Juvêncio Luís – deu à olhos sonhadores de Doppaz a sua própria interpretação, numa versão mais “abaladada”. Foi boa a idéia. Foi uma actuação boa no geral apesar de ter desafinado algumas vezes (quando tentasse atingir tons altos).

Pois é, foram esses os concorrentes q melhor se sairam na última gala. Ah, a propósito, eu não disse q essa cena de voto popular é uma merda? Já viram, Rui saiu.... Mas, força Rui, não desistas. P’ra próxima veja se apareces com umas mirrabas, sá’s como é...


Notas:

» Um dos elos fracos desta edição do Fama é o corpo do júri. Elvira Viegas na minha opinião não serve p’ra juíza. Eu ‘tô feliz por ela ter conseguido essa bolada, já q não tá a vender discos (maldita Dzucuta), mas não tá a julgar como deve ser. Por exemplo ela deu nota positiva à Júlio António q vocalmente esteve mal.

» O juíz convidado da tarde foi Nelson Maquil q também não deu conta do recado, tendo por exemplo criticado negativamente a interpretação de Arlete Fernandes e ter dado nota positiva à Abel Crisanto q foi nada mais, nada menos q a pior actuação da tarde. O q é q Maquil entende de música p’ra começar?


» A actuação de Abuchu foi em play black, ou seja a instrumental e os coros eram da canção original. Não é injusto?

» Depois de ter interpretado a sua canção de despedida, Rui Michel gritou “back home, back home!”. Porq é q moçambicanos gostam tanto de “falar” inglês nos dias d’hoje? Terá algo à ver com a integração regional ?

Thursday, November 01, 2007

Os ++ de 2007



As mangueiras já vão bem aceleradas na sua função quando chega esta época do ano. O ano tá a terminar. Como havia dito na postagem em q tentei pôr os visitantes a votar no artista (na área musical) mais popular do ano, 2007 não foi nada monótono, com a música jovem e a criminalidade a disputarem tempo de antena radiofónico e televisivo como se fossem candidatos à Ponta Vermelha.
Justamente quando achamos q a polícia tem a situação sob control (já passam uns bons meses sem “grandes acontecimentos”) um grupo de perigosos cadastrados se escapa da guarda da Polícia! Fogo! Mas ok, vamo-lá falar de música:

Faltando 2 meses para o fecho do ano, tudo o q for lançado durante este período só vai bater no próximo ano, então já podemos balancear 2007. Vou pôr a coisa assim:

Artista mais popular do ano- Denny OG
Só faltou o governo reqisitar Denny pra abrir as comemorações do dia da paz, nem q fosse só p’ra ele dizer chóóóóó....

Canção (Rap) do anoAs mentiras da verdade (Azagaia)
Sem comentários

Álbum Rap do anoTudo se vende, tudo se compra (Yazalde-Yazalde)
Para além do facto de este álbum ser forte em todos os aspectos (excepto talvez o facto de não ter tido uma divulgação e distribuição mais apropriada), os outros Rap-istas perderam por falta de comparência. Qem mais lançou?

Rap-surra do anoCu gordo (Duas Caras)
http://www.gpro.co.mz/

Álbum mais tocado do anoBang Ent. Vol I (Bang Entretenimento)
Cada faixa é um hit.

Programa televisivo do ano – Music Box (STV)
Na sua vertente de produção de espectáculos - Music Box Live- este programa serviu de prova do momento bom q a nossa música está a atravessar.

Gravadora (ou Label como vocês dizem ) do ano – Bang Entretenimento
Qem controla o game?

Produtor do ano
DJ Ardilles - género Dzucuta/ Pandza
Bagas – género R&B

Video Clip do anoDança do Remexe (Dama do Bling)
Direcção de Marcell

Director de Vídeos do ano - Marcell
Não percebo como é q não foi seqer nomeado para a categoria de melhor director (realizador) dos vídeos moçambicanos premiados pela Channel O.

Acontecimento do ano – os prémios da channel O p’ra Dama do Bling e Lizha James.

Perdas
Mas nem tudo foi bonito este ano. A música ficou mais pobre como o desaparecimento fisico de Jeremias Ngwenya, Chonil e Fat Lara. D.E.P. (descansem em paz).

Só qeres um bocado de bife? Oh, eu trouxe um boi inteiro...


Eu tava p’ra entrar uma postagem q levaria o título “onde é q anda Duas Caras quando p’cisamos?”, e não é q de repente o gaj’ aparece? Na última sexta-feira no programa televisivo + Jovem os ânimos estavam altos com Dzucuteiros dissidentes do Hip Hop e ‘fiéis ao jogo”, em rota de colisão. Não sei se é legitimo eu dizer fiéis, porqe na verdade era uma data de dzucuteiros versus Duas Caras. Mas não vi o programa por inteiro, então não sei se Duas tinha reforço.
O q pude perceber é q a G-Pro representada por Cara-Cara tinha de explicar o conteúdo da faixa DzucuPandza q anda a rodar pelas rádios e por sinal tá a “criar polémica”.
Lá Duas explicou q a cancão não tava direccionada a ninguém em particular, mas sim as rádios, q não estão a dar lugar à diversidade musical e tudo isso. N Star fez ver q não gostou, não da música em si mas do tratamento (musiqinha) q o estilo q ele ajudou a criar ( disse q foi ele qem deu o nome Dezucuta ) foi dado por Cem Paus e Duas em DzucuPandza. Depois disso pegou no micro e interpretou o tema de resposta (q conta com a participação de Denny OG, q esteve ausente).
Depois foi a vez de Duas q mandou logo de início: “Mega Jr. fora, X Ray fora...” e na segunda estrofe “...niggas fazem Dzucuta p’ra por comida na mesa”. wooo!!

Mega Jr. não gramou da cena e disse algo tipo “esses falam mas andam a pé, eu tenho minha casa, meu carro e alimento meus filhos com o Dzucuta...”
Duas não respondeu prontalmente, mas deve ter ligado p’ra Djo naqela noite tipo “ouve-lá, abre-lá o estúdio, mano, qero descascar aqele gajo”, porqe no dia seguinte tava nas ruas de Maputo o rap-surra do ano: Cú gordo, em q Caras (usando a instrumental de My fo fo de Fat Joe) simplesmente wapa Mega Jota em linhas como: “Eu nunca ouvi mas teu álbum é um lixo/ se julgarmos pelo preço q entregaste a VIDISCO/ foram 5 paus, vi o contrato com Emídio...” e no refrão “Mega? qem é esse Mega? é o maior boiola q eu já vi....”
Eu duvido q esta faixa vá passar na rádio devido a quantidade de palavrões q contém (‘cês conhecem Duas), e se ainda não ouviram, e só entrar p’ro site da Gpro http://www.gpro.co.mz/

Mega Jr. 0 , Duas Caras 1

Juntando Trapinhos

Casamento é o sacrifício q os homens fazem p’ra ter sexo, e sexo é o sacriíficio q as mulheres fazem p’ra ter casamento. - alguém


Sou como Prince. Adoro música e mulheres. Ah, mulheres, mulheres. Se ao menos eu tivesse uma... Minha pontuação com mulheres é muito parecida com a minha conta bancária: ridícula. Na minha idade já devia ter brincado o há p’ra se brincar, ter pontuado o há p’ra se pontuar, devia planear me casar mas...
Embora eu ache a união de duas pessoas (de sexos opostos, claro) para constituir familía algo importante, não só p’ra as pessoas envolvidas mas p’ra a sociedade no geral, o casamento p’ra mim tá fora de cogito (até porq é p’ciso ter alguém, p’ra começar). Mas às vezes penso nisso, principalmente quando alguém toca no assunto.

O outro dia ‘tava a ouvir casamento de Mahel, taza ver, e voltei a pensar na cena. O q percebi dessa canção é q basicamente o indivíduo estava a se lamentar por o seu casamento ter colapsado. Penso q a idéia central da letra, embora não tenha a certeza (‘ces sabem como as letras de Mahel são patetas), é q tudo é muito bonito no início mas depois d’algum tempo, o lar torna-se um verdadeiro estado de sítio. Verdade, só q no caso de Mahel o tempo bonito foi por sinal muito curto. Mas não é de Mahel q qero falar.

Como já disse, casar não tá nos meus planos, não só pela minha trágica situação financeira (q é algo q pode mudar), mas é q não tenho tido lá grandes exemplos a seguir: sou filho de pais separados. Meus primos são filhos de pais separados. Muitos dos meus amigos são filhos de pais separados. E essas separações (ou divórcios) não foram (nem costumam ser) nada amigáveis. Essas são as minhas estatísticas, então o papo de “cada caso é um caso” p’ra mim não serve.
Como eu disse no início, eu até aprecio a importância do casamento na estruturação da sociedade. Sim, um indivíduo q cresceu num lar estável tem menos chances de sair pelas ruas a assaltar gente e cenas assim. Mas a experiência mostra q a instituição do matrimónio tá na rota da falência (principalmente nos dias d’hoje).

O q me leva a perguntar: porq raio a gente se casa então?

Tem q haver uma forma de a gente criar nossos putos como deve ser, sem termos q suportar a mesma gaja por anos e anos, pá! Nós homens (nós africanos principalmente) p’cisamos de variedade em nossas vidas! Legalizem a poligamia... se faxavor!

O celibatário não presta mas não acredito no casamento. Não nos moldes convencionais. Mas talvez me case em nome do ... sexo. E também p’ra ter um par de fedelhos p’ra me passarem cheqes quando eu estiver gagá.

Senhoras, o q é q dizem?

Monday, October 29, 2007

Legalizem a Suruma... Se faxavor!!

It’s just a blunt...- Bob Marley

Cresci a temer e a amar a figura do nosso qerido e saudoso ditador Samora Machel por todas as estórias e relatos da sua vida e obra. Uma coisa do comandante-em-chefe q me decepcionou foi ter sabido da sua decisão de proibir a vinda de Bob Marley à Moçambique. Motivo: Marley fumava erva em palco e isso ia acabar sendo uma má influência para os jovens moçambicanos. Porqê?
Afinal o q é q tem a suruma de tão diabólico assim q até nos pode levar à cadeia, q por exemplo o álcool não tem?
‘Cês sabem q eu geralmente faço postagens ignorantes mas desta vez fiz o meu TPC, em nome do... jornalismo sério (he he he). Comecei por interrogar o pessoal da minha laia (amantes e cônjuges do álcool) sobre o q sabiam do assunto: falaram mas não me disseram nada. Decidi-me então pela 8ª maravilha do mundo: o engenho de busca Google. Algumas palavras-chave e tufa!! Olhem o q encontrei:

“Estudo revela como drogas mais perigosas na nova classificação britânica heroína, cocaína e barbitúricos. O tabaco é a 9ª substância mais nociva, a maconha a 11ª e o LSD a 14ª. A tabela se baseou nos danos físicos ao usuário, na dependência e no efeito do uso nas comunidades
O álcool é quase tão prejudicial quanto a heroína, além de o tabaco ser mais perigoso que a maconha, o LSD e o ecstasy. É o que revela nova tabela de classificação de drogas, publicada ontem na revista médica The Lancet, em Londres. A tabela, desenvolvida por cientistas britânicos, classificou a heroína, a cocaína, os barbitúricos e a metadona comercializada nas ruas como as drogas mais nocivas, seguidas de perto pelo álcool, que aparece em quinto lugar.”
P’ra ler o artigo na íntegra o site é http://www.growroom.net/blog/2007/tabaco-e-mais-perigoso-do-que-maconha-e-lsd/

E agora, q é q me dizem?

Esta info só veio confirmar o q eu já há muito desconfiava. Nunca presenciei algum tipo de ximoco envolvendo gajos sob o efeito de djambimba. Mas já de aálcool, haaa. Ainda este último sábado acompanhei in loco, com meu mano magus, uma cena de volência de rua dentro dum chapa, inspiradora de um filme com o teu herói de acção favorito. Cortesia da 2M (continuem o excelente trabalho).
Portanto se és do tipo “eh,eh, eu só bebo, mais nada...” Mano és tão drogado como foi a saudosa Brenda Fassie (desculpem, não consegui encontrar um exemplo vivo e mais próximo-q Deus a tenha).

Só p’ra manter a coisa no âmbito da música (embora não moçambicana), a razão q me levou a escrever isto é q 2 dos meus heróis (depois de Machel), Bob Marley e 2Pac eram fumadores de erva, da pesada. Olhem a quantidade e qualidade de trabalho q fizeram!
Trazendo a coisa cá pra casa, como a nossa música “não presta”, talvez se os nossos músicos fumassem um bocado de erva sem a poliícia ficar sensível com o assunto, nós os consumidores pudéssemos ser abençoados com alguma “música eterna”. Q é q cês acham?

* Não fumo, embora meus lábios bifudos sejam escuros...

A Minha Singela Contribuição

Isto não tem nada a ver com o preço do chá, mas é exactamente isso q é bom nestas coisas de blogs: podemos falar de qualqer assunto, da maneira q nos der na cabeça, sair do contexto e tudo o resto, sem apelo nem agravo. Ninguém nos paga p’ra escrever estas merdas (pelo menos a mim não).

Assim sendo, vou deixar a música em paz por um minuto para variar e falar de ... HIV. É q o outro dia, ‘tava eu folhear um dos jornais cá da praça, o notícias acho eu, e um dos assuntos em exposiçaão era uma conferência sobre HIV/SIDA q ia acontecer. Claro q não li a notícia. Porq é q havia de ler? Tenho a certeza q na tal conferência vai se “discutir e estudar novas estratégias a adoptar no combate a esta pandemia”. Ahh! Q conversa mais encardida! Estas conferências e seminários não são mais do q oportunidades pra as pessoas vestirem fatos, beber água mineral, cuchilar e sair de lá com uns tantos dólares. Não consigo engolir a idéia de q com todo o dinheiro doado ao país p’ra ajuda no combate à doença do século, não se tenha alcançado resultados palpáveis. Os números de infectados (e afectados) são ridículos. O q é feito dessa mola afinal? Não me digam, não me digam, eu sei: bairro do triunfo. Mas tá tudo bem, epa, não posso odiar gajos por ‘tarem a fazer mola, como diz aqele dizer em inglês: don’t hate the player, hate the game!

Falando concretamente no assunto, eu penso assim: O grande problema do HIV/SIDA, mano, é o tratamento todo especial q a “coisa” recebe. Qero dizer, se me perguntares, SIDA não é mais perigoso do q Malária. Malária rebenta contigo no espaço de algumas semanas: ou bazas ou ficas louco. Já a DS (doença do século) não. Então porqe todo o barulho a volta do SIDA?
É por causa disto q há a discriminação, a estigmatização. É por isso q as pessoas não fazem o teste de HIV. Se o Sida fosse abordado como uma doença, as pessaos iam vê-lo como tal. OK, ainda não tem cura, mas a málaria tem cura e mata mais do q SIDA.
Além do mais todo mundo sabe q os resultados dos testes não são tão secretos assim. Qantos vezes não (ou)vimos fumo e algum tempo depois o fogo dele?

Uma idéia q eu tive p’ra ajudar, pelo menos no q toca à parte da testagem é a seguinte: uma vez q o teste é rápido e simples porq é q não se fabricam kits de auto-testagem, como aqeles para as meninas saberem se estão grávidas? Assim as pessoas faziam o teste por si em casa e não correriam o risco de perder apertos de mão, e se manteriam vivos pelo menos até os europeus decidirem liberar os remédios anti-HIV (um como é pro Cardeal Francisco).

Porqê tanto barulho afinal?

Antes de mais, qual é a diferença entre Dzucuta e Pandza?

Não qeria entrar nesta conversa de DzucuPandza e não-sei-qê, q p’ra mim já devia ser caso encerrado há muito tempo. É q... afinal qual é o grande problema? No início todo o mundo tava à favor, porqe “é um estilo nosso, apesar das influências estrangeiras, contém toqes tipicamente nossos, q nos identificam, wate, wate...” Resultado: meio mundo ou mais de “artistas” e/ou aspirantes a tal, aderiu ao movimento. De repente agora o outro meio mundo de artistas e não só, critica o estilo, seus fazedores e seguidores. Porqê?
Eu até concordo q há muita mediocridade, como escreveu Magus Delírio no seu www.magusdelirio.blogspot.com, nesse estilo, mas mediocridade é um ‘blema geral da nossa “música jovem”, como eu já me referi numa postagem anterior (embora talvez noutros termos). E porq é q só agora reparam nisso?
Já há até conflitos entre artistas (principalmente os q abandonaram o Hip Hop e os q se mantêm fiéis). Estes conflitos (vulgos beefs ), como também já me referi numa postagem anteriormente, não passam de golpes publicitários (acho q podemos chamar-lhes assim), p’ra manter os nomes dos envolvidos na boca do povo.
Se eu bem me lembro, há uns bons anos atrás, antes de a G-Pro dar um passo em frente, Duas Caras e Cem Paus insultaram num rap, o então demissionário do Hip Hop, Fill Baby. Algum tempo depois estavam todos juntos no vídeo de --------- com Duas a rap-ar: “...tenho fantasias de amor q nem o Fill”. ‘Taza ver qual é a cena né?
A verdade é uma: Dzucuta tá a bater! E vai durar até aparecer uma nova tendência. Eu pessoalmente não tenho nenhum ‘blema com o estilo. Não tenho nenhum disco de Dzucuta/Pandza, mas quando há farra (quando foi última vez q ouviste a palavra farra?) lá em casa e o DJ detona, não hesito e entro na onda do mexe mexe, É q como diz Ta Basilly, “é uma dilícia”!
Quanto aos rap-istas q largaram o Hip Hop... ‘tamos a falar de qem, Mega Jr? Raio X? Fogo, é como disse meu mano kwilili, provavelmente esses indivíduos fazem mais pela música moçambicana no Dzukuta do q no Hip Hop... TD (tenho dito).

Monday, October 15, 2007

Fama Show (1ª Gala) – Revista

Não tinha planeado escrever isto. P’ra falar a verdade não tinha seqer planeado acompanhar esta 3ª edição do Fama Show q pelos vistos veio p´ra ficar, a avaliar pela popularidade de q o programa goza entre a juventude e não só. O q aconteceu é q o meu jogo de básqetebol lá c’os manos da zona acabou mais cedo p´ra dar lugar ao pessoal do futebol de salão (não há mais campos no bairro). Então epa, yá, voltei p’ra casa à tempo de ver a cena desde o início.
Se qiserem q eu vos diga porq é q não tô tão interessado nesta edição do Fama Show, a razão é simples e até óbvia: é q a estória vai se repetir, isto é, não vai vencer o melhor, mas sim o “mais bonitinho”. É essa a desvantagem de a decisão ser do público. E como esse público é dominado por meninas, a chances de uma pita sair vencedora no final são as mesmas q as de um negro vir a ser um dia, presidente dos E.U.A. E pelos vistos há muitos “fofinhos” este ano (desculpem se isto soa gay).
Talvez se apercebendo disso, os “mentores” do programa decidiram q os professores vão poder salvar e repescar algum/a desgraçado/a talentoso/a q não tenha caído nas graças das “babes”. Mas eu não sei se isso vai adiantar alguma coisa... Mas OK, vamos a isso então:

Bom, eu poderia pegar em cada um dos participantes e comentar a sua actuação mas fogo, são 30 “cantores” ou isso, então vou resumir a coisa p’ros melhores (não interessa a ordem).

Os melhores

- Abuchu Muchoto – o modelo. A música mal tinha começado, as pitas já ‘tavam de pé e aos gritos. Mas não decepcionou e interpretou muto bem uma canção acústica de título eu sei de um brasileiro cujo nome me foge à memória neste momento.

- Rui Michel – o loiro. O timbre da sua voz encaixou perfeitamente com a canção q lhe foi atribuída. Ei, calma aí, parece q são eles q escolhem as canções agora, não?

- Yolanda Ana – interpretou o tema da Fergie de título Bad girls don´t cry lindamente. Acredito nela.

- Eulália Hortência – Da instrumental da canção I cry, I dance, I smile de Judith Sephuma, Eulália qis apenas o piano no acompanhamento para q todo o seu potencial vocal fosse percebido pelo público. Missão cumprida. Alta voz.

- Arlete Fernandes – Altamente. Não acho Já não me dás valor de Lizha James um tema fácil de interpretar e Arlete esteve simplesmente bem.

- Nuno Abdul - Parece q as meninas tem um fraco por gajos de tranças. Mas se é assim porq é q não consegui quase nada quando fazia tranças? Bom, Nuno interpretou o sucesso Super Homem de Anselmo Ralph. As coristas “tentaram” comprometer a sua actuação, mas o gaj’ não deixou.

- Elias Faqir – Achei o timbre da voz de Elias algo próximo (senão mesmo muito) do de Blunt. Cantou bem.

- Kelvin Ismael – Cantou um tema acho eu do último álbum de Ne Yo. E cantou bem mas talvez seria melhor se as coristas não tivessem “largado a bola”.

-Júlio António – O Damo do Bling. Este indivíduo tem o lugar garantido na final independentemente de cantar bem ou não, por favor acreditem! Entrou a falar inglês (acho eu, ouvi a palavra nigga) e interpretou u remind me de Usher. Vocalmente não foi nada especial mas não chegou desafinar. A dada altura decidiu dançar a la Usher mas não se deu lá muito bem e acabou atirando o chapéu p’ra platéia. E voltou a falar... inglês.
Vocês têm a certeza q J.A. não é cabo-verdiano?

Notas:

*As coristas têm problemas;
*Roberto Isaías tentou ser a estrela da tarde com comentários de mapepeteia como: “...eu vou te contratar depois do Fama Show” ou “desafinaste tanto q até me doeu a cabeça” e ainda “ se eu fosse mulher seria tua namorada”. Hmm...;
*Rapazes, façamos como elas: vamos votar nas boazudas sem nos importarmos com o talento. Senão corremos o risco de não vermos bundas na final...

Aaahh, Dama, mostra-lá um pouco então!!


Cidade de Maputo. Sexta-feira. Era um dia de glória para a eqipe da gravadora Bang Entretenimento com todo o barulho à volta dos troféus (q as pessoas insistem em chamar de Grammys não sei porqê) da Channel O arrecadados pelas cantoras Dama do Bling (dois) e Lizha James (um). E ainda havia o show do lançamento do último álbum de estúdio da Dama. Era o dia da Bling.
A idéia era ir lá ao espectáculo, acompanhar a cena in loco com uma máqina de fotografar e tal (tá na moda dizer câmera hoje em dia, mas ‘cês sabem q eu sou velha-escola), para depois vir entrar um texto sobre o evento aqi no teu blog de eleição. O plano foi por água abaixo. P´ra ser mais exacto foi por cerveja abaixo. Acabei no bar mais agitado lá da zona com meu puto TT. Só deu p´ra VER o espectáculo. Com toda a barulheira ali dentro, não deu p’ra ouvir praticamente nada mesmo depois q a bar girl esticou o volume do televisor. Mas ouvi dizer q o show foi manchado por ‘blemas de som.


Enquanto actuavam os convidados do espectáctulo, malta Stewart, Kalibrados, os convivas (é assim q se diz né?) lá no bar não viam a hora de chegar a Dona. Sabem porqê? Isso mesmo, ‘tavam (‘távamos qero eu dizer) ansiosos p´ra ver um pouco de... bunda. Eu e o puto rachámos quando um gajo muito seriamente disse “ mas hê djô, então ela não vai mostrar nada, pá?” todo desiludido. Acredito q se o gajo não estivesse a beber teria abandonado o local.


Mas agora não tenho a certeza de o q é q o indivíduo realmente qeria ver. Neste regresso de Bling ao estúdio e à ribalta era suposta ela, trazer uma nova imagem como sugeriu na faixa chamadas p’ra Bling, mas pelo q vi do show, não há diferença nenhuma com a Dama do Bling q nos habituou. Ou sou apenas eu?
Mas agora, vocês q viram o espectáculo como deve ser, como é q foi? Vi Denny O.G. com o micro numa e um copo de cerveja noutra mão. Não desafinou como da outra vez? Q problemas de som foram esses afinal?

O mais palhaço de todos os palhaços!!

Todos sabemos q há muita palhaçada na área de entretenimento cá em casa principalmente na música. Eu poderia à semelhança da votação para o mais popular do ano, sugerir uma lista de palhaços para q se votásse no mais-mais, mas qiçalixe eu vou dizer qem é o palhaço-patrão e vocês vejam se concordam.
Quando digo palhaço-patrão qual é o nome q vem logo à memória? Mc Roger não? Mas não. Aliás o Sr. Bling nem seqer faz parte da minha lista. Faria há dois, três anos atrás, mas a conclusão a q chegeuei acerca de MC Roger é q ele sabe o q faz, qero dizer, vocês já o ouviram em entrevista? É impressionante como os seus discursos são articulados e coerentes, apesar de “falar muito”. O q me leva à crer q a falta de substância nas letras das suas canções é propositada, pois é no seu entender “o q o povo qer”.
Agora indivíduos como Anaconda, Olivia Style, Fabrício Sabat, Mr. Mouras e a lista continua, fazem o q fazem convencidos q têm talento. Aqi está o meu top 5 por ordem decrescente:

5 – Rei Anaconda
Sua obssessão em ser angolano é eqiparável à de Michael Jackson em ser branco. Palhaço!

4 – Fabrício Sabat
Será este “artista” o mesmo q escreveu o tão aclamado livro “Viúvas da minha terra”? Não tive ainda oportunidade de ler o tal livro, mas se é ele o autor q se fiqe pela literatura porq como cantor... Nem o efeito de um vocoder consegue disfarçar a desafinação da sua voz. Palhaço!

3 – Mr. “Xibubutela” Mouras
Epa, Sr. Mouras, pelo menos peça-lá ao teu filho p’ra ser teu manager... Xibubutela, xibubutela swa ini?!! Palhaço!!

2 – Olivia Style
O seu último álbum q por sinal lhe valeu um disco de platina ou coisa assim é intitulado Sou Folgado Holla Back. O porqê desse nome? “Porqe sou folgado qer dizer holla back e holla back qer dizer sou folgado, estaja ver ném?”
Contaram-me: ele foi convidado à um programa televisivo para entrevista e interactividade com telespectadores/ fãs. Liga uma fã e diz qualqer coisa como “eu tchi amo...” Epa, o gajo não gramou. Exaltou-se e chegou mesmo a exigir “epa, produção desligam-lá essa merda, pá, desliga essa merda...” Palhaço, com peruca e tudo!!

“Wrote by” Kanino

1 – Público Moçambicano
Por apoiar “artistas” desta extracção o público moçambicano está no topo do “mais palhaço de todos os palhaços”. Xiku rá!!!

Tuesday, September 18, 2007

É Só Foto!!


Tenho o mau hábito do zapping, como já disse algumas vezes, quando vejo televisão e no outro dia parei pra ver o programa brasileiro Hoje Em Dia na TV Miramar, em q ‘tavam a falar de uma jovem estrela q escandilizou a sociedade brasileira quando decidiu tirar umas fotografias com as mesmas roupas com as quais veio ao mundo. O barulho foi tal q ela teve q fazer um pedido de desculpas publicamente.

Isso fez me recordar do passado recente aqi nas terras de Ngungunyane e do rei Khupula, quando os nossos e-mails foram invadidos (ou abençoados?) por montes de fotos de moçambicanas (algumas falsas), q decidiram posar para e/ou com seus amantes e estes por sua vez, por uma ou outra razão, decidiram mostrar à um amigo e este à um amigo e assim sucessivamente.

A lista de “modelos” ia desde universitárias (lembram- se do primeiro caso?) à pitas “da vida” e a quantidade de novos casos já estava a tender p’ro exagerado e ridículo. Tanto q a sociedade começou a ficar “alarmada” e a debater o assunto de forma à poder encontrar uma forma de combater o problema. Mmm, faxavor! O q é q vai impedir meu brada de me enviar fotos daqela boazuda q o gajo bateu e o q é q me vai impedir de reencaminhar? Não é por isso q Neyma e Lizha James estão de costas voltadas?

Eu não tive ainda a oportunidade de apreciar as tais fotos da Neyma e acredito q sejam photoshop-eadas mas seja como for, a grande verdade meus amigos é q mulheres gostam de expor o q a mãe lhes deu sob o lema “o q é bonito é pra se mostrar”. Deve ser parte da natureza delas. É só ver como elas se vestem: mini-saias, tchuna-babes* e tudo isso. Todo o santo dia! E não é d’ hoje, lembram-se do tempo das colantes?

Mas p’ra além disso ocorreu-me também o seguinte: uma vez q as mulheres reclamam q tá- lhes difícil arranjar homem nos dias q correm (com cerca de 2000 na B.O., outros a cumprir o S.M.O., outros gays e nós outros feios e matrecos), elas imaginam q de certeza o outro gaj’ vai fazer circular as fotos e assim alguém vai se interessar por elas. É portanto uma estratégia de marketing na forma de passe-a-mensagem, qero dizer, passe-a-imagem. E como uma imagem vale por mil palavras... mas não, isso não.

O facto é q todas elas têm essas fotografias ou no telemóvel ou em outro síto qualquer. Quando não existe um gajo, uma amiga vai fazer as fotos “sensuais”. Elas simplesmente gostam dessa cena!! Peguem num vídeo clip qualquer; homens estão tapados. Elas? Nem por isso. Não tô a reclamar (ainda bem q é assim, imaginem se fosse o contrário), só a tô a dizer...

*O meu muito obrigado aos estilistas q estiveram envolvidos na criação da 9ª maravilha do mundo: tchuna-babes.

Thursday, September 13, 2007

Álbum Em Revista

Mais Hip Hop No Teu Ouvido (2006)- Cottonete Records

Ok, eu sei, eu sei q tô atrasado com este álbum, mas epa, sa’s como é: antes tarde do q nunca.

Se és uma verdadeira cabeça do Rap já curtiste esta compilação (Hélder Leonel rodou o álbum o suficiente no seu Clássico Hip Hop Time) e até provalvelmente tens na tua pasta de maqetes.

Este álbum foi considerado por muitos uma das melhores compilações Hip Hop moçambicano de 2006, mas não havia como: foi a única compilação Hip Hop de 2006. Tô errado? Conta com o contributo de alguns dos mais cotados MCs e produtores da cena Underground nacional, malta Mhuyve, Nevinga, F and G, Shakal, Flash, Skam e Age Finger entre outros para além claro da própria cliqe da Cottonete: Ivete, Azagaia, Rage, Izlo e Joe.

Depois de (Intro)duzido, o álbum arranca com o tema q dá título ao disco interpretado pelos membros da Cottonete onde Will Jay explica do q a coisa se trata: “...atitude espontânea, radical colectânea/ crua e nua sem censura, obra subterrânea...” Mas na verdade não há o q censurar, em nenhum momento ouvi alguém a dizer algo q fosse politicamente incorrecto ou obsceno. Sa’s como é o Rap positivo... O duo “artisticamente correcto” F and G marca sua presença com o tema Frases Soltas num daqeles beats d Gringo temperados com pianadas e strings q te fazem qerer deqetar o botão repeat.

Não podia faltar aqele tema em q o rap-ista explica como o agá-i-pê agá-o-pê é a razão da sua vida e coro vai assim: “Hip Hop, és bla bla bla/ Hip Hop és bla bla...” K-Real encarregou-se disso. Mais Rap “positivo e consciente” é trazido por B Ghost e Shakal na faixa Sonho Moçambicano produzido por Ka-X e seguidamente por Next Tribo com Cidadão Moçambicano. Estes dois números em particular destacam-se pela oposição de seus conteúdos: enquanto q o primeiro é uma fantasia de um Moçambique melhor o segundo retrata as realidades de cidadãos das várias classes sociais.

Flash aparece em dois temas: episódio específico de loucura e mais tarde em chuvas ácidas (com o grupo Slang Box). Cês já conhecem malta Flash. Gramam de complicar as coisas, mas epa, fazer o qê?

Outros artistas e grupos também dão o seu contributo como 1788 (linguagem de revolta), Mhuyve (sol de novo dia), Esquadrão de Elite (Não sabem nada), Azagaia (Sinfonia de Rua), Rage (Nova Era) e Nevinga com Sonhar acordado, uma das faixas mais interessantes da colectânea. Mas são os temas Hip Hop sa va de Ivete e Xitiqi Nimbaula a Caya de Xitiqi Nimbaula q são os grandes hits do álbum ambos produzidos por Gringo dos F and G. Ivete com sua voz enrouqecida, flow peculiar e versos inteligentes (sem complicar muito) deu conta do recado e é pra mim como já uma vez disse aqi, a melhor MC do destacamento femenino do nosso Rap, com Gina Peppa reformada.

Não sou muito fã de Rap positivo e num álbum quase 100% politicamente correcto eu sofro. O meu consolo neste disco são os beats. 3.5 Xigovias!!

*As melhores: Hip Hop sa va, Xitiqi Nimbaula a Caya, Sonhar Acordado e Nova Era.

Thursday, September 06, 2007

Como deixar um comentário

Eu sei q vocês gramam deste blog. Claro, é o melhor!! O qê? É isso mesmo! Qem faz isto melhor q o vosso mano Kanino? Fogo, eu sou o Anibalzinho do blog game!
Mas vocês não comentam!! Mas eu acredito q é por não saberem como. É simples:

1. No fiinal de cada postagem entrar em "comments" (ou comentários);

2. Há um rectângulo no canto direito. É onde se escrevem os comentários;

3. Depois de escrever, em baixo há 3 opções: Google account (pra qem tem um blog), Anonymous (anónimo) e Other (outro). Clicar no q convier, em Other escreva seu nome ou alcunha;

4. Finalmente clicar em Publish your comment (publicar seu comentário) e já está, a sua opinião será registada!

Até...

Tuesday, September 04, 2007

"A Música Moçambicana Não Presta!"


Vocês se lembram daqele locutor da RDP África*, q por sinal é angolano, q veio pra cá uma vez (há uns dois anos atrás ou qê) pra dizer de boca cheia e com todas letras q “a música moçambicana não presta”? Naqela altura muitos de nós ficamos tipo “porra, esse gajo tem a coragem d vir aqi falar essas merdas...”, mas vamo lá ver: nessa altura o q é q nós tinhamos para o confrontar? Nova Geração- Gpro, Velha Guarda- António Marcos q aliás foi excepcionalmente elogiado pelo locutor. Hã? Só? Então o melhor da música do país é representada por um grupo de Rap? Não qero de forma alguma desrespeitar a Gpro, mas fogo! E António Marcos dele, se não é Antoninho Maengane não há mais nada. Pelo menos eu não ouvi mais nada.

Tamos em 2007 à poucos passos do seu terminus e pelos vistos a música moçambicana está a atravessar um momento bom, pelo menos à nível de popularidade como já referi na postagem anterior- a propósito votem, votem no artista mais popular de 2007. Só se curte música feita cá em casa agora. É no Chapa, é nas festas é só Dzucuta/ Pandza agora. Será q isso nos diz q a nossa música subiu de qualidade? Eu acho q não. O q acontece agora é q já existem condições técnicas e infraestruturais para se poder trabalhar: há mais e bons estúdios de gravação, já se produzem vídeos de muito boa qualidade para promover os músicos, aliás em matéria de vídeos Moçambique é, pode-se até dizer, uma potência. Mas tá faltar a arte, o conteúdo então. Quando José Mucavele e Hortêncio Langa falaram de conteúdos e invólucros naqele debate da Anabela Adrianopolous das qintas feiras em fevereiro, era disto q estavam a falar. Música não é só batida e melodia. Tens q dizer coisas. E por falar nisso só agora há pouco ouvi a mais recente de MC Roger e...pff!! Patrão pra aqi, Guebuza pra ali, epa o mesmo-mesmo de sempre. É este o “artista” q foi ao Brasil “mostrar o q o nosso país tem de melhor”. Porq não mandaram Mingas, Kapa Dêch, ou Neyma ou Doppaz se qeriam mandar alguém q faz “música moderna”?. Doppaz iria arrasar com aqela música de BabyFace...mas não, mandaram o “Patrão”! Assim como é q o locutor da RDP África vai passar a nossa música lá? Não tô a dizer q lá passa só música de alta qualidade, só tô a dizer.

*Não me lembro do nome



Álbum em revista


Tchin tchin- Denny O.G.

Depois do grande sucesso do seu primeiro trabalho a solo Até que a morte nos separe, q acabou sendo um dos álbuns mais vendidos de 2004/5, Danny O.G. regressa para celebrar esse sucesso com Tchin tchin, gravado pela e para a Bang Entretenimento e com edição da VIDISCO. Denny, conhecido pela forma enérgica como se expressa na sua música, com uma voz inconfundível é dos artistas mais reqisitados da praça no momento. É uma estrela de rádio e TV agora, mas foi um longo caminho até aqi, começando como rapper underground como se diz, onde o amor à camisola é q é. Vou parar por aqi com o historial sobre a trajectória de O.G., pois Hélder Leonel fá-lo quase q integralmente no Intro do álbum, que contendo a mesma energia e vivacidade do primeiro, já não tem o mesmo carácter purista, isto é, Denny aventurou-se p’ra outros estilos como o Reggaeton e/ou Ragga.

Depois do relato de H. Leonel, Denny dá um arranqe forte com Ninguém me vai parar, e começa a festa com vamo’ lá beber, p’ra todos os amantes do copo. O álbum prossegue, ora na direcção do ragga e reggaeton com temas como Hey Ma Remix, A bomba rabentou (o primeiro single do disco) e Minha namorada (o último single), ora na direcção do hip hop com A luta continua, Foge desta me**a, o tema romântico faço tudo o q qiseres em q o “Gangsta-gangsta” baixa a guarda e mostra o seu lado sensível e canta no coro: “faço tudo o q disseres, faço tudo o q qiseres/ só não vou deixar tu dizeres q não me aceitas” .

Um outro tema da classe agá-i-pê, agá-o-pê “digno de referência” é o tema de intervenção Chega, pá em q Denny aponta os podres da nossa sociedade em linhas como: “Nunca tentes ser Siba-Siba/ porq há um atirador q atira (tira)/ e tira (tira) a tua vida num minuto/ com uma bala só deixa mais de mil de luto”. Números p’ra encher não faltaram como os dois interlúdios q o disco contém e outras faixas. Denny O.G. nunca foi na minha opinião, um MC de altas metáforas e “punch lines”, mas isso não o impediu de atingir o estatuto de q hoje goza, aliás nos dias q correm, quanto mais simplistas e insignificantes as rimas, melhor (perguntem o outro MC, ‘cês sabem qem). Agora q o ex-membro da Auto Squad descobriu a fórmula p’ro sucesso (fazer as damas abanarem o bum-bum), nunca mais será o mesmo, porq como ele próprio disse num programa de TV: “ se os próprios americanos mudaram, porq é q eu não? Por isso, vou continuar a fazer os meus Reggaetons, meus Raggas...” 3 Xigovias!

*As melhores: A bomba rabentou, Faço tudo o q qiseres e Minha namorada.

What’s Beef?


Definitivamente não é o q está a acontecer entre o rapper Duas Caras e a Xtaka Zero. É assim, ouvi dizer q no programa Beef da Rádio Cidade, programa esse q nunca ouvi (não tenho tido muito tempo pra rádio ultimamente- fogo, não tenho nem tempo pra postar pro melhor blog moçambicano de todos os tempos), recentemente os elementos da Xtaka Zero andaram num bate-boca (Duas vs N Star), supostamente porqe Duas gravou – representando a G-Pro- uma música (q ainda não ouvi também), em q surra gajos q fazem Dzukuta. Hmmm, hmf, faxavor!! Tretas! Pra começar porqe raios N Star vai se ofender com isso? Em segundo, não é possível q Duas já tenha se esqecido como Tchuqetou e Dzukutou a cantar “qual é a moça q aguenta comigo?” no vídeo de Xitchuketa. Enfim... essca cena toda não faz sentido nenhum. Pra mim esse foi um golpe para pôr Duas Caras, um dos melhores MCs da praça, de volta ao mapa. Quando foi a última vez q ouviste falar de Tio Duas? A seguir!!

Aanh, qual é o outro Beef? Ah, Bang Entretenimento vs DXS label. Razão? umas fotos parvas q andaram em certos e-mails. Algum de vocês putos viu as tais fotos? Mandem-me lá, depois vou deixar meu e-mail em off... Embora eu considere esta estória das fotos, um motivo para algum conflito, ainda assim, TRETAS!!

Agora, assunto sério: com q então a nova canção da Jenny- em rotação constante na TV- é da autoria de Chonil e foi gravada à revelia dela, hã? Isso sim é motivo para caso, conflito, ximoco ou beef, deem-lhe o nome q qiserem! Fogo meu, não foi tipo ela fez a cena, mas depois não qis gravar, mandou lixar, não! Ela caíu doente! Tás a imaginar malta Nehazi numa de “ouve-lá, caga- lá, vamo-lá gravar essa cena, a gaja tá off, há-de fazer o qê?”!! Essa foi qente, qero dizer, fria...

Wednesday, August 22, 2007

Opinião

2007 já tá galgar a recta final e de monotonia este ano nao teve nada: em Fevereiro cheias. Em Março eu fiz anos e o paiol explodiu. Depois MC Roger foi ao Brasil, os Mambas tchayaram a Burkina Faso, a Bang e a DXS decidiram entrar em conflito, a música moçambicana garantiu seu espaço no mercado discográfico nacional. Alias a música mocambiçana nunca esteve tão popular. A única coisa q bate a música moçambicana em popularidade este ano é sem dúvida a criminalidade. É sobre popularidade q qero propôr uma votação. Qem vocês acham q é o artista mais popular desde q iniciou o ano até esta parte? Aí está a lista:

  • Mega Jr.
  • Neyma
  • Doppaz
  • Lizha James
  • Ziqo
  • Dama do Bling
  • MC Roger
  • Marlen
  • Azagaia
  • Liloca
  • Denny OG
  • Oliver Style
  • DJ Ardilles

VOTEM, isto vai ser interessante...

Tuesday, July 17, 2007

A Cancão ++ de todos os tempos


Quando tô em casa e ligo a TV (ok, tô quase sempre em casa), passo mais tempo a pular de canais (se ao menos houvesse mais opções) do q a ver seja lá o q for. O q é q há de interessante na verdade, p’ra assistir nas nossas televisões, além das notícias de tiroteios e baleamentos envolvendo a polícia? Quando um dia desses decidi deixar o remote control em paz, tava a passar o Top + da TVM e uma canção me chamou particular atenção: Xitsuni de Bob Love. Sim, aqela cuja instrumental é de Oliver Ngoma e cujo video foi filmado na Costa do sol com participação duma pita q parece q foi obrigada a filmar. Júlio Silva deve tê-la obrigado a fazer o video. É impressão minha ou essa música tá nesse Top desde q o programa começou? Há quanto tempo já está o Top + no ar, 3, 4 anos? Isso é um recorde digno de entrar no Guiness Book!! Ou já está e eu simplesmente não acompanhei, distraído q sou...

Wednesday, July 11, 2007

Qem é q tem mais Style?

A Dama do Bling, claro. O qê, duvidas? Mesmo grávida, é ela q “brilha na night”. Ou pelo menos provoca barulho, atentando ao pudor. Foi assim no último espectáculo Music Box Live da STV, em q a Bang Entretenimento esteve em peso. Quando o espectáculo começou eu tava nas barracas da Malhangane com bradas da zona, malta G, a beber birras a copo, a 10 paus, hehe. Depois de uns tantos lembro-me de o pessoal ter debatido sobre onde passar o resto da noite, então alguem se lembrou do espectáculo q tava a ter lugar no Cine África. Nao qeríamos pagar entrada (leiam já tavamos falidos), entao dispersamos e chegando à casa tava justamente a entrar a Dama de tudo-que-brilha p’ra sua polémica perfomance. Me’rmão eu sou fã da Dama, mas aqilo nao foi nada interessante de ver. É q a barriga dela já é grandinha e ela tava, não vou dizer praticamente nua, porqe tinha vestido algumas coisas, mas... Bom, a verdade durante os dias q se seguiram as pessoas falaram, contestaram e reclamaram. Mas ninguém derruba Bling, antes pelo contrário, esse falatório só serviu de inspiração para uma canção (já gravou sim), onde no refrão ela chuta: “se qeres falar de mim, ra-re-ri-ro-RUA!!”. Num dos versos ela pergunta se por estar grávida ela tem q ficar em casa tricotar e a ver TV. Yá. So não achei muito interessante quando ela rappa sobre o facto de ser licenciada, ser doutora e por aí. Acho q não havia necessidade de ir por aí. Marranço na minha opinião e só uma qestão de oprtunidade. Com eu já disse sou fã de Ivânnea e acho q ela deve continuar a fazer o q faz, mas o q ela tem q perceber é q as pessoas não falaram por ela ter actuado grávida, mas foi a forma como se apresentou em palco. Nao foi nada interessante e olhem q eu sou um fã de strip...

Friday, July 06, 2007

Junho: Lutas & Heróis


Mês de Junho. Mês de datas históricas importantes: 1 de Junho, 16 de Junho e a mais importante 25 de Junho. É tempo de reflexão. Somos um país independente há 32 anos. Na verdade somos um país há 32 anos. Sim porque esse territoório q vai do Rovuma a Ponta d’ouro e do Zumbo ao Índico, era todo ele uma província apenas. A luta contra o colonialismo começou muito antes da FRELIMO. Essa luta é dada na história como luta de resistência e nomes como Ngunguhane no Sul e o Rei Khupula na região norte são representativos de algumas dessas formas de resistência. Mas essas acções de resistência eram restritas e isoladas. Era preciso integrar, conjugar e unir esforços e produzir uma poderosa força p’ra recuperar o q nos foi expropriado: a nossa terra e principalmente a nossa essência. E quando se fala em união, um nome vem obrigatoriamente à tona: Eduardo Mondlane. Fundou a Frente de Libertação de Moçambiqe. Foi assassinado em 1969. Mas a sua morte não foi em vão, pois o povo moçambicano com a liderança da FRELIMO desencadeou uma desenfreada luta contra os colonialistas, luta essa q culminou com a proclamação da independência na voz do incontornável e carismático líder Samora Machel, primeiro presidente de Moçambiqe independente. Novos desafios e lutas se faziam pela frente. De lá p’ra cá muito aconteceu. Passamos por uma guerra civil até, a chamada guerra de desestabilização q opunha a FRELIMO e a RENAMO (Resistência Nacional de Moçambique). Morreram maning moçambicanos, muito foi destruido. O país parou. Mas a pomba branca sobrevoou sobre nós e trouxe a paz em 1992. Um novo começo na história de Moçambique (do zero?), com o monopartidarismo deitado abaixo. Passam 32 desde q acabou a luta pela independência politíca e 15 anos desde q decidimos parar de lutar entre nós. Mas lutas e desafios esses não terminam. Ainda temos q lutar pela independência económica e pela erradicação da pobreza absoluta, temos q lutar contra o HIV/SIDA. Temos q combater a corrupção. Temos q combater a criminilalidade e o crime organizado. Temos q lutar por um presente melhor, um presente sem desemprego, sem injustiças, com direitos iguais e oportunidades para todos. Ya, é tempo de reflexão. Qem somos? O q qeremos? Pra onde vamos? É tempo de homenagem. Homenagem à todos os heróis moçambicanos, mesmos os q nao foram enterrados na praça. Heróis mortos e vivos. Homenagem à todos aqeles q deram e dão sua vida por um Moçambiqe melhor... A Luta Continua!!!

*Ainda ‘tó a tentar perceber porqe é q escrevi isto...

Friday, May 11, 2007

Álbum Em Revista

Tudo Se Vende, Tudo Se Compra- Y-Not Alias Yazalde-Yazalde

Fogo, meu , há quanto tempo não escrevia p´ro SangueMoz!! Epa, vida tá difícil mano, um negro anda ocupado a ver se sai do buraco! Mas bom, aqi tamos nós fazendo o q fazemos, tasma sentir? Yazalde-Yazalde ou Y-Not é um MC q segundo me consta, começou a dar os seus primeiros passos no Rap, na Beira e depois em Quelimane e conseguiu afirmar-se no panorama “underground” na Capital, fazendo parte do grupo Náuseas. Se a memória não me falha, a 1ª vez q o ouvi, foi em versos por escrever ao lado de rappers como P.A.T. e o duo Dinastia Bantu. Seu primeiro trabalho a solo, tudo se vende, tudo se compra, é a prova de q se faz Hip Hop de verdade em Moçambique. Aqi está um disco p’ras verdadeiras cabeças do Rap. Musicalmente sólido, liricalmente respeitável. A produção esteve a cargo de nomes como Mak da producer, No Blast, e seus compnheiros do Náuseas, Brother Sycho e Driffa, e conta ainda com participações de MC’s como Flash, Deusa Poética, o cantor Leo e Xigono entre outros. Depois do intro, Yazalde abre o álbum com Ozeguezene I, um tema em q ele basicamente nos diz q não vale a pena chorar sobre leite derramado, o caminho é em frente. A faixa logo a seguir, dá com os “nauseabundos” a falarem do que fariam se fossem D.E.U.S., num bom beat de Bro Sycho. A enciclopédia do Rap Moçambicano, Flash, entra em Vai, não vai (Ozeguezene II) e começa assim: “abramos as torneiras p’ra q água possa sair/ abramos o pensamento p’ra q a vida possa luzir como o sol...”. Mas Y-Not mostra q também é forte com as rimas e em Nem Deus me pode Julgar remata: “Não sou o criador, eu sou a criação/ não funciono à luz do sol, eu funciono à água e pão/ eu já vos disse q não rezo de barriga vazia/ quando a fome bate a porta, a fé sai pela janela”. P’ra qem é sensível na qestão da religiosidade é melhor saltar esta e a faixa de título F*** you Jesus, pois Yazalde não se comede e vai fundo com o gajo... Como já disse, este é um álbum forte, quase todos os temas têm algo a dizer tanto musical como liricamente. Não posso deixar de fazer referência ao tema q dá título ao disco, produzida por Mak da producer e q encontra Deusa Poética no seu melhor: “Se vende água, próximo passo é vender ar/ tu pobre coitado, não terás como respirar”. O cantor Leo (q eu infelizmente não conhecia) dá um valioso contributo em dois dos temas mais sérios do álbum: Palavras dum Pai e O camponês. Meu único ‘blema com Y-Not, é que muitas vezes nos seus raps, “come” palavras e um gaj’ tem q fazer “rewind” p’ra p’ceber o q ele diz...O álbum fecha com Vai, não vai (Ozeguezene II)- Remix, convidando Flash, Cold Man, Driffa, Brother Sycho e Escudo, q entregam seis “flows” e uma só mensagem: é p’ra frente q a coisa tem q andar... 4 Xigovias!!!

Tuesday, February 27, 2007

Dzukuta: ahi kineni maxaca

Dzukuta. É esse o nome q se deu à nova corrente de música p´ras pistas de dança em Moçambiqe (em Maputo p’ra ser mais preciso). Já começou a “luta” pelo crédito de qem é o criador do estilo. Eu não diria estilo, porq em termos de sonoridade não há necessariamente nada novo, tipo, o Dzukuta é o eqivalente do Kwaito sul africano, ou seja um cocktail de batidas influenciadas pelos estilos House, Ragga e Hip Hop e ritmos cá de casa como Marrabenta, Magica e por aí. Mas como eu tava a dizer, dizem uns q os pioneiros foram os Xtaka Zero, sendo o já clássico Mutxado a prova disso, mas outros dizem q a cena começou com DJ Ardilles, produtor do novo single de sucesso de Mega Jr, Menina.

Essas coisas de estilos musicais é coisa complicada, sá’s? Se a definição de Dzukuta é aqela dada acima, então DJ Beat Keepa tem a sua razão quando diz q foram ele e a sua Trio Fam os verdadeiros pioneiros quando lançaram Aussuke com a saudosa Raínha Zaida Lhongo. Ou então foram DJ Mandito, DJ Damost e MC Roger com a faixa Curtição (tema em q foram incorporados excertos de um sucesso da Diva Rosália Mboa). Os mais velhos chamam-lhe música Pimba, a nova escola acha q é música d’arromba, epa, seja como for, o estilo tá aí, a música tá aí, vamo-lá dançar...

* P’ra mim Xtaka Zero deu o nome, mas qem acham vocês q começou o movimento?


Pisadelas do Ridículo



Há algumas sextas feiras atrás, tava eu em casa matreco, com o remote control na mão, a fazer Zapping pelos nossos canais televisivos (pelo menos temos 6 opções agora). O programa + Jovem da TVM, apresentado por Jorge Ribeiro, me prendeu a atenção, pois tava a se falar da situação clínica da jovem cantora Chonil que como se sabe, se encontra hospitalizada devido a um tumor q lhe paralizou os membros inferiores (corrijam-me se estiver errado). Dentre os convidados da noite estavam a irmã da cantora e também a mãe, q junto com o apresentador apelavam a qem pudesse para contribuir com valores monetários para ajudar no tratamento da talentosa e bonita Chonil na África do Sul, tratamento esse q como pode se imaginar é bastante caro. Houveram reacções imediatas como a do cantor e produtor musical Dinho XS q entrgou à mãe da cantora um cheq de 3 mil MTN. O DJ residente do programa, o veterano Eduardo PM e um outro DJ (tama fugir o nome) seguiram o exemplo e anunciaram q iam doar cada, 1000 MTN no espectáculo q iria decorrer mais tarde, evento esse cujas receitas iriam reverter à favor da causa da Chonil. Continuei com o zapping e quando voltei ao + Jovem, J. Ribeiro tava a dizer algo como “parece q Mahel tem uma surpresa, Mahel q é q tens p’ra nós?”. Epa, era noite de doação e esperava-se mais mola p’ra Chonil. Qual! Ivo Mahel pegou num objecto q tava no chão, encostado ao sofá onde tava sentado, levantou-se e “ vocês sabem o q é isto? É um disco d’ouro. P’ra qê? Eu não p’ciso disto p’ra nada!...” Atirou o disco d’ouro p’ro chão, pisou no disco, começou a falar a mal dos empresários e afins por não estarem a ajudar, porq “amanhã sou eu e como vai ser..., eu estive com Alexandre Pires e ele disse q eu sou um grande cantor,... Ninguém percebeu exactamente do q é q ele tava alia a falar, mas acho q perceberam a intenção e lá conseguiu arrancar algumas palmas da platéia. Jorge Ribeiro alertou-lhe q com aqela atitude tava a desrespeitar às pessoas q compraram o seu disco e mais tarde sugeriu-lhe q leiloasse o prémio para com o dinheiro fazer a sua contribuição, nada! O cantor de Zouk moçambicano saíu de casa com o plano de pisar no disco e nada o iria parar. Como ele próprio canta, qem qer casar tem q ter juízo, da mesma forma, qem qer dar uma de bom rapaz, tem q ser sensato e não se precipitar p’ro ridículo...


Força Chonil, ‘tamos contigo!

Monday, February 19, 2007

Moçambicano ou Não?


A STV e Anabela Adrianópolis promoveram através do programa Ponto Parágrafo, um pertinente debate sobre a música q se faz em Moçambiq. Pela complexidade e controvérsia à volta do assunto este debate teve q decorrer em duas edições do programa, q vai p´ro ar às qintas feiras no Cine Teatro Avenida. No painél do debate estavam figuras como José Mucavel, Hortêncio Langa e Filimone Meigos entre outros e na platéia (mais preenchida na 2ª edição q na1ª) estavam maioritariamente fazedores de Música, desde Marrabentistas, Ligeiros até Rappers. Na 1ª qinta feira, o debate girou à volta de identidade, o q é música moçambicana. É claro q p´ra nova geração, o q é feito por moçambicanos é moçambicano e p´ra “velha guarda” há q ir às raízes tipicamente moçambicanas/africanas. Coloqei aspas em velha guarda porq não são só os mais velhos q pensam assim. Muitos falaram mas poucos disseram algo q prestasse. O “pinto” da vida sem orgasmo Zé Manel criticou o facto de alguns irem ao palco com roupas com dizeres tipo New York e coisas assim, dando oportunidade à MC Roger p´ra nos dizer q trazia um fato com a etiqeta Giorgio Armani.

A segunda parte do debate (qinta feira, dia 8) foi bem mais interessante. Anabela colocou a qestão seguinte: é o marketing um factor q determina a imposição dos jovens em relação aos mais velhos ou não? As intervenções, apesar de muitas vezes não terem ido ao encontro da qestão colocada, foram no mínimo divertidas: um jovem instrumentista tradicional falou de mestiçagem de ritmos como o futuro da nossa música, Hortêncio Langa e Mucavele acusaram a sociedade de valorizar o invólucro em detrimento do conteúdo, Filimone Meigos defendeu a produção de um pimbómetro pelos legitimadores dessa arte q é a música, DJ Serito falou de competição radiofónica e televisiva por audiência, um ex-promotor de espectáculos (Sr. Amir, penso ser esse o seu nome), chamou às pessoas q estão à frente do nosso showbizz de incultas, Amável contou como foi rejeitado pela Mcell, DJ Djo criticou os promotores de espectáculos por não valorizarem os artistas nacionais, um estudante de música elogiou a atitude ousada de MC Roger, aliás MC Roger foi o mais mencionado (por vezes indirectamente) pelos intervenientes. O “Patrão” esperou pacientemente pela sua vez e quando esta chegou, como era de se esperar, o debate atingiu o seu pico. Carregou a nova escola nas costas; defendeu a sua mcell, disse um monte de verdades como “ qem se prende ao passado tá condenado ao fracasso...” ou “... música é também business ...”, e é claro q não podia deixar de choofar: “...temos agentes q dizem- olha, o MC custa X, tás interessado paga, se não, passar bem!...” . Só não percebi quando disse “eu não faço Rap...” . Ah, não? Faz o qê, R&B? Soul? Ah, ya, faz Ragga! OK...

Enfim, o q eu tenho a dizer em relação ao debate é q durante os dois dias de discussão prevaleceu claramente o conflito de gerações. Sendo aspirante a MC (q provavelmente nunca se fará ouvir) e Jovem sou da opinião q cada 1 tem o direito à seguir o seu caminho. Mas ainda assim acho q há muito q se andar na nossa nova música e temos q ser originais e representativos do nosso Moçambiqe. Bulem c’o vosso mano...

Tuesday, February 06, 2007

A Xigovia

Eu sei q alguns de vocês devem estar a se perguntar o porqê d’eu usar a Xigovia p’ra classificar os álbuns revistos, ou mesmo o q será a Xigovia. Bom, aqi vai: a Xigovia é um instrumento musical tradicional, popular particularmente na região sul de Moçambiqe, principalmente em Gaza (corrijam-me se estiver errado). É feita à partir da massala, retirando-se-lhe as sementes e em seguida fazem-se buracos, geralmente 3, sendo um maior (por onde se sopra) e os outros dois buracos menores servem p’ra alternar os sons com os dedos. Contam os mais velhos q este instrumento começou a ser usado por pastores de gado bovino, para se entreterem durante o pasto, assim como p’ra se comunicarem com as pessoas das zonas por onde passavam. Com o passar do tempo a xigovia passou a ser utilizado não só por pastores, mas também por outros elementos das comunidades rurais nas mais diversificadas manifestações culturais e festivas.



Àlbum Em Revista

Ivannea- A Dama Do Bling

Licenciada em direito, decidiu seguir voz do seu coração e fazer música e pelos vistos não é uma carta fora do baralho nesse jogo. Apareceu como q do nada e rebentou e agora é a rapper mais bem sucedida da praça. Lembro-me de ter ouvido alguém a dizer q ela é a versão moçambicana de Lil´ Kim, pela forma excêntrica, extravagante e sexy como se apresenta em palco. Com a protecção da Bang Entretenimento & Anjos, a gravadora mais realizadora de 2005/2006, gravou o seu o primeiro álbum intitulado A Dama do Bling, q conta com poucas particpações especiais: sua mentora Lizha James, Danny O.G. e Hernâni dos Young Sixties. O álbum é só festa, com beats p’ra dançar (produzidos pela Da bomb Produções) e rimas provocadoras e/ou provocantes. Os primeiros singles a saírem foram Dama do Bling e Haters (com Lizha James), q tiveram impacto suficiente p’ra q as pessoas vissem q a Dama veio p’ra estanhar. Os rapazes gramam porq ela é do tipo “crazy sexy cool” como as TLC, as pitas a adoram porq lhe vêm como sua defensora; em Haters ela dispara: “Hater 3- Um MC q não tem nada ver.../ ...fala mal de mulher...”/ “...espalha por aí q tem sempre diferentes, brancas, mestiças.../ “ ...mas na hora do vamo ver leva 2 segundos.../”

Em Dá uma tampa ao gajo ( uma espécie de réplica á Engarrafa à gaja de Rippa) ela vem assim: “...essa conversa de q eu estou no ponto, tu também estás no ponto, só q no ponto morto/ , “...diz q vai me mostrar um sol de todas as cores/ mas como? Nem seqer encontra o meu clitoris!!!”. Pois é...

Mas foi com o single Boy q Ivannea se elevou p’ra ribalta: rotação obrigatória nas rádios e televisões nos últimos meses de 2006 e ainda tá a bater. Em Ser negro mostra q é apesar do todo o Bling, sensível aos problemas da raça negra neste “White Man’s world”. É um álbum porreiro (como disse é só farra) e consistente (não tem Passada à mistura). É pena o álbum ser curto (8 temas apenas). Poderia dizer q outro senão é q os temas são só à volta de “Sou boa, tenho classe, tenho brilho e tu cheiras á catinga, és feio/a...” , mas ela é a Dama do Bling, não nos esqeçamos!

3 Xigovias!