Tuesday, February 27, 2007

Dzukuta: ahi kineni maxaca

Dzukuta. É esse o nome q se deu à nova corrente de música p´ras pistas de dança em Moçambiqe (em Maputo p’ra ser mais preciso). Já começou a “luta” pelo crédito de qem é o criador do estilo. Eu não diria estilo, porq em termos de sonoridade não há necessariamente nada novo, tipo, o Dzukuta é o eqivalente do Kwaito sul africano, ou seja um cocktail de batidas influenciadas pelos estilos House, Ragga e Hip Hop e ritmos cá de casa como Marrabenta, Magica e por aí. Mas como eu tava a dizer, dizem uns q os pioneiros foram os Xtaka Zero, sendo o já clássico Mutxado a prova disso, mas outros dizem q a cena começou com DJ Ardilles, produtor do novo single de sucesso de Mega Jr, Menina.

Essas coisas de estilos musicais é coisa complicada, sá’s? Se a definição de Dzukuta é aqela dada acima, então DJ Beat Keepa tem a sua razão quando diz q foram ele e a sua Trio Fam os verdadeiros pioneiros quando lançaram Aussuke com a saudosa Raínha Zaida Lhongo. Ou então foram DJ Mandito, DJ Damost e MC Roger com a faixa Curtição (tema em q foram incorporados excertos de um sucesso da Diva Rosália Mboa). Os mais velhos chamam-lhe música Pimba, a nova escola acha q é música d’arromba, epa, seja como for, o estilo tá aí, a música tá aí, vamo-lá dançar...

* P’ra mim Xtaka Zero deu o nome, mas qem acham vocês q começou o movimento?


Pisadelas do Ridículo



Há algumas sextas feiras atrás, tava eu em casa matreco, com o remote control na mão, a fazer Zapping pelos nossos canais televisivos (pelo menos temos 6 opções agora). O programa + Jovem da TVM, apresentado por Jorge Ribeiro, me prendeu a atenção, pois tava a se falar da situação clínica da jovem cantora Chonil que como se sabe, se encontra hospitalizada devido a um tumor q lhe paralizou os membros inferiores (corrijam-me se estiver errado). Dentre os convidados da noite estavam a irmã da cantora e também a mãe, q junto com o apresentador apelavam a qem pudesse para contribuir com valores monetários para ajudar no tratamento da talentosa e bonita Chonil na África do Sul, tratamento esse q como pode se imaginar é bastante caro. Houveram reacções imediatas como a do cantor e produtor musical Dinho XS q entrgou à mãe da cantora um cheq de 3 mil MTN. O DJ residente do programa, o veterano Eduardo PM e um outro DJ (tama fugir o nome) seguiram o exemplo e anunciaram q iam doar cada, 1000 MTN no espectáculo q iria decorrer mais tarde, evento esse cujas receitas iriam reverter à favor da causa da Chonil. Continuei com o zapping e quando voltei ao + Jovem, J. Ribeiro tava a dizer algo como “parece q Mahel tem uma surpresa, Mahel q é q tens p’ra nós?”. Epa, era noite de doação e esperava-se mais mola p’ra Chonil. Qual! Ivo Mahel pegou num objecto q tava no chão, encostado ao sofá onde tava sentado, levantou-se e “ vocês sabem o q é isto? É um disco d’ouro. P’ra qê? Eu não p’ciso disto p’ra nada!...” Atirou o disco d’ouro p’ro chão, pisou no disco, começou a falar a mal dos empresários e afins por não estarem a ajudar, porq “amanhã sou eu e como vai ser..., eu estive com Alexandre Pires e ele disse q eu sou um grande cantor,... Ninguém percebeu exactamente do q é q ele tava alia a falar, mas acho q perceberam a intenção e lá conseguiu arrancar algumas palmas da platéia. Jorge Ribeiro alertou-lhe q com aqela atitude tava a desrespeitar às pessoas q compraram o seu disco e mais tarde sugeriu-lhe q leiloasse o prémio para com o dinheiro fazer a sua contribuição, nada! O cantor de Zouk moçambicano saíu de casa com o plano de pisar no disco e nada o iria parar. Como ele próprio canta, qem qer casar tem q ter juízo, da mesma forma, qem qer dar uma de bom rapaz, tem q ser sensato e não se precipitar p’ro ridículo...


Força Chonil, ‘tamos contigo!

Monday, February 19, 2007

Moçambicano ou Não?


A STV e Anabela Adrianópolis promoveram através do programa Ponto Parágrafo, um pertinente debate sobre a música q se faz em Moçambiq. Pela complexidade e controvérsia à volta do assunto este debate teve q decorrer em duas edições do programa, q vai p´ro ar às qintas feiras no Cine Teatro Avenida. No painél do debate estavam figuras como José Mucavel, Hortêncio Langa e Filimone Meigos entre outros e na platéia (mais preenchida na 2ª edição q na1ª) estavam maioritariamente fazedores de Música, desde Marrabentistas, Ligeiros até Rappers. Na 1ª qinta feira, o debate girou à volta de identidade, o q é música moçambicana. É claro q p´ra nova geração, o q é feito por moçambicanos é moçambicano e p´ra “velha guarda” há q ir às raízes tipicamente moçambicanas/africanas. Coloqei aspas em velha guarda porq não são só os mais velhos q pensam assim. Muitos falaram mas poucos disseram algo q prestasse. O “pinto” da vida sem orgasmo Zé Manel criticou o facto de alguns irem ao palco com roupas com dizeres tipo New York e coisas assim, dando oportunidade à MC Roger p´ra nos dizer q trazia um fato com a etiqeta Giorgio Armani.

A segunda parte do debate (qinta feira, dia 8) foi bem mais interessante. Anabela colocou a qestão seguinte: é o marketing um factor q determina a imposição dos jovens em relação aos mais velhos ou não? As intervenções, apesar de muitas vezes não terem ido ao encontro da qestão colocada, foram no mínimo divertidas: um jovem instrumentista tradicional falou de mestiçagem de ritmos como o futuro da nossa música, Hortêncio Langa e Mucavele acusaram a sociedade de valorizar o invólucro em detrimento do conteúdo, Filimone Meigos defendeu a produção de um pimbómetro pelos legitimadores dessa arte q é a música, DJ Serito falou de competição radiofónica e televisiva por audiência, um ex-promotor de espectáculos (Sr. Amir, penso ser esse o seu nome), chamou às pessoas q estão à frente do nosso showbizz de incultas, Amável contou como foi rejeitado pela Mcell, DJ Djo criticou os promotores de espectáculos por não valorizarem os artistas nacionais, um estudante de música elogiou a atitude ousada de MC Roger, aliás MC Roger foi o mais mencionado (por vezes indirectamente) pelos intervenientes. O “Patrão” esperou pacientemente pela sua vez e quando esta chegou, como era de se esperar, o debate atingiu o seu pico. Carregou a nova escola nas costas; defendeu a sua mcell, disse um monte de verdades como “ qem se prende ao passado tá condenado ao fracasso...” ou “... música é também business ...”, e é claro q não podia deixar de choofar: “...temos agentes q dizem- olha, o MC custa X, tás interessado paga, se não, passar bem!...” . Só não percebi quando disse “eu não faço Rap...” . Ah, não? Faz o qê, R&B? Soul? Ah, ya, faz Ragga! OK...

Enfim, o q eu tenho a dizer em relação ao debate é q durante os dois dias de discussão prevaleceu claramente o conflito de gerações. Sendo aspirante a MC (q provavelmente nunca se fará ouvir) e Jovem sou da opinião q cada 1 tem o direito à seguir o seu caminho. Mas ainda assim acho q há muito q se andar na nossa nova música e temos q ser originais e representativos do nosso Moçambiqe. Bulem c’o vosso mano...

Tuesday, February 06, 2007

A Xigovia

Eu sei q alguns de vocês devem estar a se perguntar o porqê d’eu usar a Xigovia p’ra classificar os álbuns revistos, ou mesmo o q será a Xigovia. Bom, aqi vai: a Xigovia é um instrumento musical tradicional, popular particularmente na região sul de Moçambiqe, principalmente em Gaza (corrijam-me se estiver errado). É feita à partir da massala, retirando-se-lhe as sementes e em seguida fazem-se buracos, geralmente 3, sendo um maior (por onde se sopra) e os outros dois buracos menores servem p’ra alternar os sons com os dedos. Contam os mais velhos q este instrumento começou a ser usado por pastores de gado bovino, para se entreterem durante o pasto, assim como p’ra se comunicarem com as pessoas das zonas por onde passavam. Com o passar do tempo a xigovia passou a ser utilizado não só por pastores, mas também por outros elementos das comunidades rurais nas mais diversificadas manifestações culturais e festivas.



Àlbum Em Revista

Ivannea- A Dama Do Bling

Licenciada em direito, decidiu seguir voz do seu coração e fazer música e pelos vistos não é uma carta fora do baralho nesse jogo. Apareceu como q do nada e rebentou e agora é a rapper mais bem sucedida da praça. Lembro-me de ter ouvido alguém a dizer q ela é a versão moçambicana de Lil´ Kim, pela forma excêntrica, extravagante e sexy como se apresenta em palco. Com a protecção da Bang Entretenimento & Anjos, a gravadora mais realizadora de 2005/2006, gravou o seu o primeiro álbum intitulado A Dama do Bling, q conta com poucas particpações especiais: sua mentora Lizha James, Danny O.G. e Hernâni dos Young Sixties. O álbum é só festa, com beats p’ra dançar (produzidos pela Da bomb Produções) e rimas provocadoras e/ou provocantes. Os primeiros singles a saírem foram Dama do Bling e Haters (com Lizha James), q tiveram impacto suficiente p’ra q as pessoas vissem q a Dama veio p’ra estanhar. Os rapazes gramam porq ela é do tipo “crazy sexy cool” como as TLC, as pitas a adoram porq lhe vêm como sua defensora; em Haters ela dispara: “Hater 3- Um MC q não tem nada ver.../ ...fala mal de mulher...”/ “...espalha por aí q tem sempre diferentes, brancas, mestiças.../ “ ...mas na hora do vamo ver leva 2 segundos.../”

Em Dá uma tampa ao gajo ( uma espécie de réplica á Engarrafa à gaja de Rippa) ela vem assim: “...essa conversa de q eu estou no ponto, tu também estás no ponto, só q no ponto morto/ , “...diz q vai me mostrar um sol de todas as cores/ mas como? Nem seqer encontra o meu clitoris!!!”. Pois é...

Mas foi com o single Boy q Ivannea se elevou p’ra ribalta: rotação obrigatória nas rádios e televisões nos últimos meses de 2006 e ainda tá a bater. Em Ser negro mostra q é apesar do todo o Bling, sensível aos problemas da raça negra neste “White Man’s world”. É um álbum porreiro (como disse é só farra) e consistente (não tem Passada à mistura). É pena o álbum ser curto (8 temas apenas). Poderia dizer q outro senão é q os temas são só à volta de “Sou boa, tenho classe, tenho brilho e tu cheiras á catinga, és feio/a...” , mas ela é a Dama do Bling, não nos esqeçamos!

3 Xigovias!

Doppas O.G.

Ya, ya! As ruas previram e aconteceu: o ex-palhaço agora apresentador da TV Miramar, do programa de entretenimento Atracções, levou uma valente carga de sova na noite do último dia de Janeiro. Ele fez qestão de passar as imagens da sua pessoa depois da tareia, com os carimbos de PAGO! Como disse as ruas já tinham previsto o sucedido, uma vez q Fred Jossias tem a fama de fofoqeiro e fala-barato, metendo-se na vida privada dos artistas, mas a surpresa foi o autor do acto: esperava- se q fosse ser o “fora-da-lei” Yoyo (q segundo Jossias e suas fontes “fidedignas”, foi preso em 2006 por roubar uma cerveja numa estação de abastecimento de combustíveis vulgo bombas) a tomar essa atitude, mas não, foi o “romântico” de olhos sonhadores, Doppas.

O motivos da agressão terão sido os seguintes: Fred ter alegadamente andado a dizer q o êxito Olhos sonhadores de Doppas, não é propriamente dele sendo a instrumental originalmente do mega produtor americano BabyFace, retirando ao “Work Master” o mérito da produção, e também por o apresentador ter passado um programa inteiro a “falar mal” de Doppas por este não ter aparecido ao programa como havia prometido. Segundo a vítima, Doppas foi agitado e dopado por Mega Jr. (a qem Fred já irritou algumas vezes) e por DJ Júnior. Ainda segundo Jossias, Doppas já é experimentado em agredir estrelas de TV, tendo já sovado Sérgio Faife quando este ainda estava na TVM.

Alguma coisa me diz q o gajo gostou do q lhe aconteceu pois, é notório q ele adora estar no centro das atenções, aliás ele próprio disse q não iria parar. Há gaj’ q não aprendem mesmo...

No dia seguinte à reportagem, o agressor foi a TV Miramar pedir desculpas dizendo q fê-lo por pressão de fãs e porque estava sob efeito de substâncias alucinogénias. Estes nossos cantores precisam de ser acessorados para saberem o q dizer em situações destas! Como pôde ele se expôr daqela forma? Não bastava um pedido de desculpas? Agora toda a gente sabe q ele é consumidor dessas substâncias!...Não se vai á cadeia por isso? Atenção...

“Faife já sabe, Jossias já sabe, agora todo o mundo já sabe...” hi hi hi...