Monday, February 19, 2007

Moçambicano ou Não?


A STV e Anabela Adrianópolis promoveram através do programa Ponto Parágrafo, um pertinente debate sobre a música q se faz em Moçambiq. Pela complexidade e controvérsia à volta do assunto este debate teve q decorrer em duas edições do programa, q vai p´ro ar às qintas feiras no Cine Teatro Avenida. No painél do debate estavam figuras como José Mucavel, Hortêncio Langa e Filimone Meigos entre outros e na platéia (mais preenchida na 2ª edição q na1ª) estavam maioritariamente fazedores de Música, desde Marrabentistas, Ligeiros até Rappers. Na 1ª qinta feira, o debate girou à volta de identidade, o q é música moçambicana. É claro q p´ra nova geração, o q é feito por moçambicanos é moçambicano e p´ra “velha guarda” há q ir às raízes tipicamente moçambicanas/africanas. Coloqei aspas em velha guarda porq não são só os mais velhos q pensam assim. Muitos falaram mas poucos disseram algo q prestasse. O “pinto” da vida sem orgasmo Zé Manel criticou o facto de alguns irem ao palco com roupas com dizeres tipo New York e coisas assim, dando oportunidade à MC Roger p´ra nos dizer q trazia um fato com a etiqeta Giorgio Armani.

A segunda parte do debate (qinta feira, dia 8) foi bem mais interessante. Anabela colocou a qestão seguinte: é o marketing um factor q determina a imposição dos jovens em relação aos mais velhos ou não? As intervenções, apesar de muitas vezes não terem ido ao encontro da qestão colocada, foram no mínimo divertidas: um jovem instrumentista tradicional falou de mestiçagem de ritmos como o futuro da nossa música, Hortêncio Langa e Mucavele acusaram a sociedade de valorizar o invólucro em detrimento do conteúdo, Filimone Meigos defendeu a produção de um pimbómetro pelos legitimadores dessa arte q é a música, DJ Serito falou de competição radiofónica e televisiva por audiência, um ex-promotor de espectáculos (Sr. Amir, penso ser esse o seu nome), chamou às pessoas q estão à frente do nosso showbizz de incultas, Amável contou como foi rejeitado pela Mcell, DJ Djo criticou os promotores de espectáculos por não valorizarem os artistas nacionais, um estudante de música elogiou a atitude ousada de MC Roger, aliás MC Roger foi o mais mencionado (por vezes indirectamente) pelos intervenientes. O “Patrão” esperou pacientemente pela sua vez e quando esta chegou, como era de se esperar, o debate atingiu o seu pico. Carregou a nova escola nas costas; defendeu a sua mcell, disse um monte de verdades como “ qem se prende ao passado tá condenado ao fracasso...” ou “... música é também business ...”, e é claro q não podia deixar de choofar: “...temos agentes q dizem- olha, o MC custa X, tás interessado paga, se não, passar bem!...” . Só não percebi quando disse “eu não faço Rap...” . Ah, não? Faz o qê, R&B? Soul? Ah, ya, faz Ragga! OK...

Enfim, o q eu tenho a dizer em relação ao debate é q durante os dois dias de discussão prevaleceu claramente o conflito de gerações. Sendo aspirante a MC (q provavelmente nunca se fará ouvir) e Jovem sou da opinião q cada 1 tem o direito à seguir o seu caminho. Mas ainda assim acho q há muito q se andar na nossa nova música e temos q ser originais e representativos do nosso Moçambiqe. Bulem c’o vosso mano...

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