Monday, October 29, 2007

Legalizem a Suruma... Se faxavor!!

It’s just a blunt...- Bob Marley

Cresci a temer e a amar a figura do nosso qerido e saudoso ditador Samora Machel por todas as estórias e relatos da sua vida e obra. Uma coisa do comandante-em-chefe q me decepcionou foi ter sabido da sua decisão de proibir a vinda de Bob Marley à Moçambique. Motivo: Marley fumava erva em palco e isso ia acabar sendo uma má influência para os jovens moçambicanos. Porqê?
Afinal o q é q tem a suruma de tão diabólico assim q até nos pode levar à cadeia, q por exemplo o álcool não tem?
‘Cês sabem q eu geralmente faço postagens ignorantes mas desta vez fiz o meu TPC, em nome do... jornalismo sério (he he he). Comecei por interrogar o pessoal da minha laia (amantes e cônjuges do álcool) sobre o q sabiam do assunto: falaram mas não me disseram nada. Decidi-me então pela 8ª maravilha do mundo: o engenho de busca Google. Algumas palavras-chave e tufa!! Olhem o q encontrei:

“Estudo revela como drogas mais perigosas na nova classificação britânica heroína, cocaína e barbitúricos. O tabaco é a 9ª substância mais nociva, a maconha a 11ª e o LSD a 14ª. A tabela se baseou nos danos físicos ao usuário, na dependência e no efeito do uso nas comunidades
O álcool é quase tão prejudicial quanto a heroína, além de o tabaco ser mais perigoso que a maconha, o LSD e o ecstasy. É o que revela nova tabela de classificação de drogas, publicada ontem na revista médica The Lancet, em Londres. A tabela, desenvolvida por cientistas britânicos, classificou a heroína, a cocaína, os barbitúricos e a metadona comercializada nas ruas como as drogas mais nocivas, seguidas de perto pelo álcool, que aparece em quinto lugar.”
P’ra ler o artigo na íntegra o site é http://www.growroom.net/blog/2007/tabaco-e-mais-perigoso-do-que-maconha-e-lsd/

E agora, q é q me dizem?

Esta info só veio confirmar o q eu já há muito desconfiava. Nunca presenciei algum tipo de ximoco envolvendo gajos sob o efeito de djambimba. Mas já de aálcool, haaa. Ainda este último sábado acompanhei in loco, com meu mano magus, uma cena de volência de rua dentro dum chapa, inspiradora de um filme com o teu herói de acção favorito. Cortesia da 2M (continuem o excelente trabalho).
Portanto se és do tipo “eh,eh, eu só bebo, mais nada...” Mano és tão drogado como foi a saudosa Brenda Fassie (desculpem, não consegui encontrar um exemplo vivo e mais próximo-q Deus a tenha).

Só p’ra manter a coisa no âmbito da música (embora não moçambicana), a razão q me levou a escrever isto é q 2 dos meus heróis (depois de Machel), Bob Marley e 2Pac eram fumadores de erva, da pesada. Olhem a quantidade e qualidade de trabalho q fizeram!
Trazendo a coisa cá pra casa, como a nossa música “não presta”, talvez se os nossos músicos fumassem um bocado de erva sem a poliícia ficar sensível com o assunto, nós os consumidores pudéssemos ser abençoados com alguma “música eterna”. Q é q cês acham?

* Não fumo, embora meus lábios bifudos sejam escuros...

A Minha Singela Contribuição

Isto não tem nada a ver com o preço do chá, mas é exactamente isso q é bom nestas coisas de blogs: podemos falar de qualqer assunto, da maneira q nos der na cabeça, sair do contexto e tudo o resto, sem apelo nem agravo. Ninguém nos paga p’ra escrever estas merdas (pelo menos a mim não).

Assim sendo, vou deixar a música em paz por um minuto para variar e falar de ... HIV. É q o outro dia, ‘tava eu folhear um dos jornais cá da praça, o notícias acho eu, e um dos assuntos em exposiçaão era uma conferência sobre HIV/SIDA q ia acontecer. Claro q não li a notícia. Porq é q havia de ler? Tenho a certeza q na tal conferência vai se “discutir e estudar novas estratégias a adoptar no combate a esta pandemia”. Ahh! Q conversa mais encardida! Estas conferências e seminários não são mais do q oportunidades pra as pessoas vestirem fatos, beber água mineral, cuchilar e sair de lá com uns tantos dólares. Não consigo engolir a idéia de q com todo o dinheiro doado ao país p’ra ajuda no combate à doença do século, não se tenha alcançado resultados palpáveis. Os números de infectados (e afectados) são ridículos. O q é feito dessa mola afinal? Não me digam, não me digam, eu sei: bairro do triunfo. Mas tá tudo bem, epa, não posso odiar gajos por ‘tarem a fazer mola, como diz aqele dizer em inglês: don’t hate the player, hate the game!

Falando concretamente no assunto, eu penso assim: O grande problema do HIV/SIDA, mano, é o tratamento todo especial q a “coisa” recebe. Qero dizer, se me perguntares, SIDA não é mais perigoso do q Malária. Malária rebenta contigo no espaço de algumas semanas: ou bazas ou ficas louco. Já a DS (doença do século) não. Então porqe todo o barulho a volta do SIDA?
É por causa disto q há a discriminação, a estigmatização. É por isso q as pessoas não fazem o teste de HIV. Se o Sida fosse abordado como uma doença, as pessaos iam vê-lo como tal. OK, ainda não tem cura, mas a málaria tem cura e mata mais do q SIDA.
Além do mais todo mundo sabe q os resultados dos testes não são tão secretos assim. Qantos vezes não (ou)vimos fumo e algum tempo depois o fogo dele?

Uma idéia q eu tive p’ra ajudar, pelo menos no q toca à parte da testagem é a seguinte: uma vez q o teste é rápido e simples porq é q não se fabricam kits de auto-testagem, como aqeles para as meninas saberem se estão grávidas? Assim as pessoas faziam o teste por si em casa e não correriam o risco de perder apertos de mão, e se manteriam vivos pelo menos até os europeus decidirem liberar os remédios anti-HIV (um como é pro Cardeal Francisco).

Porqê tanto barulho afinal?

Antes de mais, qual é a diferença entre Dzucuta e Pandza?

Não qeria entrar nesta conversa de DzucuPandza e não-sei-qê, q p’ra mim já devia ser caso encerrado há muito tempo. É q... afinal qual é o grande problema? No início todo o mundo tava à favor, porqe “é um estilo nosso, apesar das influências estrangeiras, contém toqes tipicamente nossos, q nos identificam, wate, wate...” Resultado: meio mundo ou mais de “artistas” e/ou aspirantes a tal, aderiu ao movimento. De repente agora o outro meio mundo de artistas e não só, critica o estilo, seus fazedores e seguidores. Porqê?
Eu até concordo q há muita mediocridade, como escreveu Magus Delírio no seu www.magusdelirio.blogspot.com, nesse estilo, mas mediocridade é um ‘blema geral da nossa “música jovem”, como eu já me referi numa postagem anterior (embora talvez noutros termos). E porq é q só agora reparam nisso?
Já há até conflitos entre artistas (principalmente os q abandonaram o Hip Hop e os q se mantêm fiéis). Estes conflitos (vulgos beefs ), como também já me referi numa postagem anteriormente, não passam de golpes publicitários (acho q podemos chamar-lhes assim), p’ra manter os nomes dos envolvidos na boca do povo.
Se eu bem me lembro, há uns bons anos atrás, antes de a G-Pro dar um passo em frente, Duas Caras e Cem Paus insultaram num rap, o então demissionário do Hip Hop, Fill Baby. Algum tempo depois estavam todos juntos no vídeo de --------- com Duas a rap-ar: “...tenho fantasias de amor q nem o Fill”. ‘Taza ver qual é a cena né?
A verdade é uma: Dzucuta tá a bater! E vai durar até aparecer uma nova tendência. Eu pessoalmente não tenho nenhum ‘blema com o estilo. Não tenho nenhum disco de Dzucuta/Pandza, mas quando há farra (quando foi última vez q ouviste a palavra farra?) lá em casa e o DJ detona, não hesito e entro na onda do mexe mexe, É q como diz Ta Basilly, “é uma dilícia”!
Quanto aos rap-istas q largaram o Hip Hop... ‘tamos a falar de qem, Mega Jr? Raio X? Fogo, é como disse meu mano kwilili, provavelmente esses indivíduos fazem mais pela música moçambicana no Dzukuta do q no Hip Hop... TD (tenho dito).

Monday, October 15, 2007

Fama Show (1ª Gala) – Revista

Não tinha planeado escrever isto. P’ra falar a verdade não tinha seqer planeado acompanhar esta 3ª edição do Fama Show q pelos vistos veio p´ra ficar, a avaliar pela popularidade de q o programa goza entre a juventude e não só. O q aconteceu é q o meu jogo de básqetebol lá c’os manos da zona acabou mais cedo p´ra dar lugar ao pessoal do futebol de salão (não há mais campos no bairro). Então epa, yá, voltei p’ra casa à tempo de ver a cena desde o início.
Se qiserem q eu vos diga porq é q não tô tão interessado nesta edição do Fama Show, a razão é simples e até óbvia: é q a estória vai se repetir, isto é, não vai vencer o melhor, mas sim o “mais bonitinho”. É essa a desvantagem de a decisão ser do público. E como esse público é dominado por meninas, a chances de uma pita sair vencedora no final são as mesmas q as de um negro vir a ser um dia, presidente dos E.U.A. E pelos vistos há muitos “fofinhos” este ano (desculpem se isto soa gay).
Talvez se apercebendo disso, os “mentores” do programa decidiram q os professores vão poder salvar e repescar algum/a desgraçado/a talentoso/a q não tenha caído nas graças das “babes”. Mas eu não sei se isso vai adiantar alguma coisa... Mas OK, vamos a isso então:

Bom, eu poderia pegar em cada um dos participantes e comentar a sua actuação mas fogo, são 30 “cantores” ou isso, então vou resumir a coisa p’ros melhores (não interessa a ordem).

Os melhores

- Abuchu Muchoto – o modelo. A música mal tinha começado, as pitas já ‘tavam de pé e aos gritos. Mas não decepcionou e interpretou muto bem uma canção acústica de título eu sei de um brasileiro cujo nome me foge à memória neste momento.

- Rui Michel – o loiro. O timbre da sua voz encaixou perfeitamente com a canção q lhe foi atribuída. Ei, calma aí, parece q são eles q escolhem as canções agora, não?

- Yolanda Ana – interpretou o tema da Fergie de título Bad girls don´t cry lindamente. Acredito nela.

- Eulália Hortência – Da instrumental da canção I cry, I dance, I smile de Judith Sephuma, Eulália qis apenas o piano no acompanhamento para q todo o seu potencial vocal fosse percebido pelo público. Missão cumprida. Alta voz.

- Arlete Fernandes – Altamente. Não acho Já não me dás valor de Lizha James um tema fácil de interpretar e Arlete esteve simplesmente bem.

- Nuno Abdul - Parece q as meninas tem um fraco por gajos de tranças. Mas se é assim porq é q não consegui quase nada quando fazia tranças? Bom, Nuno interpretou o sucesso Super Homem de Anselmo Ralph. As coristas “tentaram” comprometer a sua actuação, mas o gaj’ não deixou.

- Elias Faqir – Achei o timbre da voz de Elias algo próximo (senão mesmo muito) do de Blunt. Cantou bem.

- Kelvin Ismael – Cantou um tema acho eu do último álbum de Ne Yo. E cantou bem mas talvez seria melhor se as coristas não tivessem “largado a bola”.

-Júlio António – O Damo do Bling. Este indivíduo tem o lugar garantido na final independentemente de cantar bem ou não, por favor acreditem! Entrou a falar inglês (acho eu, ouvi a palavra nigga) e interpretou u remind me de Usher. Vocalmente não foi nada especial mas não chegou desafinar. A dada altura decidiu dançar a la Usher mas não se deu lá muito bem e acabou atirando o chapéu p’ra platéia. E voltou a falar... inglês.
Vocês têm a certeza q J.A. não é cabo-verdiano?

Notas:

*As coristas têm problemas;
*Roberto Isaías tentou ser a estrela da tarde com comentários de mapepeteia como: “...eu vou te contratar depois do Fama Show” ou “desafinaste tanto q até me doeu a cabeça” e ainda “ se eu fosse mulher seria tua namorada”. Hmm...;
*Rapazes, façamos como elas: vamos votar nas boazudas sem nos importarmos com o talento. Senão corremos o risco de não vermos bundas na final...

Aaahh, Dama, mostra-lá um pouco então!!


Cidade de Maputo. Sexta-feira. Era um dia de glória para a eqipe da gravadora Bang Entretenimento com todo o barulho à volta dos troféus (q as pessoas insistem em chamar de Grammys não sei porqê) da Channel O arrecadados pelas cantoras Dama do Bling (dois) e Lizha James (um). E ainda havia o show do lançamento do último álbum de estúdio da Dama. Era o dia da Bling.
A idéia era ir lá ao espectáculo, acompanhar a cena in loco com uma máqina de fotografar e tal (tá na moda dizer câmera hoje em dia, mas ‘cês sabem q eu sou velha-escola), para depois vir entrar um texto sobre o evento aqi no teu blog de eleição. O plano foi por água abaixo. P´ra ser mais exacto foi por cerveja abaixo. Acabei no bar mais agitado lá da zona com meu puto TT. Só deu p´ra VER o espectáculo. Com toda a barulheira ali dentro, não deu p’ra ouvir praticamente nada mesmo depois q a bar girl esticou o volume do televisor. Mas ouvi dizer q o show foi manchado por ‘blemas de som.


Enquanto actuavam os convidados do espectáctulo, malta Stewart, Kalibrados, os convivas (é assim q se diz né?) lá no bar não viam a hora de chegar a Dona. Sabem porqê? Isso mesmo, ‘tavam (‘távamos qero eu dizer) ansiosos p´ra ver um pouco de... bunda. Eu e o puto rachámos quando um gajo muito seriamente disse “ mas hê djô, então ela não vai mostrar nada, pá?” todo desiludido. Acredito q se o gajo não estivesse a beber teria abandonado o local.


Mas agora não tenho a certeza de o q é q o indivíduo realmente qeria ver. Neste regresso de Bling ao estúdio e à ribalta era suposta ela, trazer uma nova imagem como sugeriu na faixa chamadas p’ra Bling, mas pelo q vi do show, não há diferença nenhuma com a Dama do Bling q nos habituou. Ou sou apenas eu?
Mas agora, vocês q viram o espectáculo como deve ser, como é q foi? Vi Denny O.G. com o micro numa e um copo de cerveja noutra mão. Não desafinou como da outra vez? Q problemas de som foram esses afinal?

O mais palhaço de todos os palhaços!!

Todos sabemos q há muita palhaçada na área de entretenimento cá em casa principalmente na música. Eu poderia à semelhança da votação para o mais popular do ano, sugerir uma lista de palhaços para q se votásse no mais-mais, mas qiçalixe eu vou dizer qem é o palhaço-patrão e vocês vejam se concordam.
Quando digo palhaço-patrão qual é o nome q vem logo à memória? Mc Roger não? Mas não. Aliás o Sr. Bling nem seqer faz parte da minha lista. Faria há dois, três anos atrás, mas a conclusão a q chegeuei acerca de MC Roger é q ele sabe o q faz, qero dizer, vocês já o ouviram em entrevista? É impressionante como os seus discursos são articulados e coerentes, apesar de “falar muito”. O q me leva à crer q a falta de substância nas letras das suas canções é propositada, pois é no seu entender “o q o povo qer”.
Agora indivíduos como Anaconda, Olivia Style, Fabrício Sabat, Mr. Mouras e a lista continua, fazem o q fazem convencidos q têm talento. Aqi está o meu top 5 por ordem decrescente:

5 – Rei Anaconda
Sua obssessão em ser angolano é eqiparável à de Michael Jackson em ser branco. Palhaço!

4 – Fabrício Sabat
Será este “artista” o mesmo q escreveu o tão aclamado livro “Viúvas da minha terra”? Não tive ainda oportunidade de ler o tal livro, mas se é ele o autor q se fiqe pela literatura porq como cantor... Nem o efeito de um vocoder consegue disfarçar a desafinação da sua voz. Palhaço!

3 – Mr. “Xibubutela” Mouras
Epa, Sr. Mouras, pelo menos peça-lá ao teu filho p’ra ser teu manager... Xibubutela, xibubutela swa ini?!! Palhaço!!

2 – Olivia Style
O seu último álbum q por sinal lhe valeu um disco de platina ou coisa assim é intitulado Sou Folgado Holla Back. O porqê desse nome? “Porqe sou folgado qer dizer holla back e holla back qer dizer sou folgado, estaja ver ném?”
Contaram-me: ele foi convidado à um programa televisivo para entrevista e interactividade com telespectadores/ fãs. Liga uma fã e diz qualqer coisa como “eu tchi amo...” Epa, o gajo não gramou. Exaltou-se e chegou mesmo a exigir “epa, produção desligam-lá essa merda, pá, desliga essa merda...” Palhaço, com peruca e tudo!!

“Wrote by” Kanino

1 – Público Moçambicano
Por apoiar “artistas” desta extracção o público moçambicano está no topo do “mais palhaço de todos os palhaços”. Xiku rá!!!