Tuesday, November 27, 2007

Ao vosso dipôr, Kanino

‘Tô de volta, fofas!! Com’é, sentiram falta dum gaj’? Eu sei q sim. Ha ha! Ei, um com’é também p’ros manos q procuraram por mim neste espaço. Uns devem ter pensado “o gaj’ deve ter conseguido uma gaja e já não qer saber do blog...” e outros “às tantas levou com uma bala perdida ou uma cena assim...”. Nah, nada disso, se bem q qualqer uma dessas possibilidades faz todo sentido, qero dizer, se eu encontrar a moça dos meus sonhos (tu sabes, miolos peqenos, bunda grande), é muuuito provável q eu desapareça por uns minutos (dependendo do tamanho da bunda), taza ver, p’ra recuperar o tempo perdido. Quanto à bala perdida, epa, ainda estamos em 2007- ano marcado pela violência- e tudo é possível. Pior p’ra mim, q vivo perto de uma esquadra. De repente vai lá um jovem advogado acompanhar um cliente e tufa!! ‘Cês sabem como polícias “não podem” com advogados, provavelmente porq eles (os advogados) “se fazem maningue”...


Tenho andado ocupado. É isso. Ei, a coisa não ‘tá fácil, sócio. Não posso me dar ao luxo de dedicar todo o meu tempo a escrever um blog. O outro dia, aquando do espectáculo do lançamento do disco de... Stewart, acho eu, meu brada G manda-me uma sms q dizia mais ou menos assim: “ Então não vais? Vais xcrever no blog q ouviste dizer q o show foi nice...” ao q respondi “porq é q tenho q escrever alguma coisa? Q se lixe o blog! ninguém me paga pa escrever aqela merda...”. Pois é. Mas ‘tô aqi, não tô? ‘Tamos juntos.


Ah, a propósito, p’ra aqeles q não sabem, o Sangue Moz faz este mês um ano de existência. Geralmente à passagem de um aniversário, a gente pôe-se a reflectir e tal, sobre o q tem sido e o q vai ser. Mas eu não vou me maçar com reflexões e balanços, isto é só um blog. E nem seqer é um blog importante. É só uma forma q encontrei de expressar algumas coisas q me vão na cabeça e dar uma de jornalista cultural (espero q Ouri não esteja a ler isto). É só uma forma q encontrei de me divertir e... ocupar o meu tempo (oops). É só uma forma q encontrei de interagir e aprender convosco. Por isso, o Sangue Moz ‘tá aqi, eu ‘tô aqi e não vou à lugar nenhum. Podem contar comigo...


Ao dispôr

Wednesday, November 07, 2007

Fama Show (4ª gala) – Revista


Se vocês leram a resenha q fiz da 1ª gala do Fama, já imaginam então q não vou ser consistente com a coisa. Tenho q estar realmente desocupado p’ra ficar em frente ao televisor ou mesmo ir ao Cine África p’ra acompanhar as galas. Não q ande ocupado com coisas importantes: se não ‘tô a jogar à bola-ao-cesto, ‘tô a reclamar da vida com os manos no bar da zona ou a tentar arrastar uma distraída lá p’ra minha dep (qero dizer p’ra dep onde me deixam dormir), mas epa...
Uma coisa sobre esta edição do Fama q deu p’ra reparar é q em comparação com as pretéritas duas, o número de pessoas com potencial vocal é maior. Assim, eu penso q daqi à mais duas galas, se sair qem realmente não merece continuar na “academia”, o show vai ser interessante de se curtir. Mas ok, vamo-lá apanhar o gajo:


As melhores actuações (como sempre, não importa a ordem de menção)

Kelvin Ismael – interpretando recomeçar do R&B-ista moçambicano Preto, deu-se bem. Eu me pergunto será q os cantores (moçambicanos) cujas canções são usadas no Fama ganham alguma coisa com isso? Deviam, não?


Abuchamo Muchoto – Naqilo q ele próprio chamou de homenagem ao falecido Lucky Dube (perdão, o grande Lucky Dube), “Buch” pôs a sala ao rubro com a sua perfomance. Em termos vocais não foi tudo isso, mas valeu pela energia q transmitiu. Apareceu de mechas. Porqê? Se lhe for atribuído uma canção duma mulher como é q vai ser? Hmm...

Eulália Hortência – não estava nos seus dias. Interpretou ndzita chava a colete de Safira José. É claro q o ‘blema não foi desafinação, mas sim concentração (ou falta dela), porq perdeu-se algumas vezes, como qem se esqece da letra. Ainda assim conseguiu fazer parte da minha lista dos melhores...

Arlete Fernandes – uma das vozes mais potentes entre os concorrentes. Interpretou when you believe de Whitney e Mariah, mas na versão do brasileiro Robson, como devia ser, apesar de não ter convencido o juíz convidado Nelson Maqil...

Yolanda Ana – uma das melhores actuações da tarde. Cantando um tema do duo brasileiro de irmãos Sandy & Júnior, Yolanda provou q não ‘tá ali p’ra brincadeiras.

Nuno abdul – um dos favoritos do público femenino. Felizmente o individuo sabe cantar. Interpretou nha coração de Grace Évora com muita segurança.

Amélia Lichucha – a sósia de Júlia Mwito. Outra das vozes de peso da academia. Cantou king of sorrow de Sade de forma convincente, excepto talvez p’ra a juíza Elvira Viegas.

Juvêncio Luís – deu à olhos sonhadores de Doppaz a sua própria interpretação, numa versão mais “abaladada”. Foi boa a idéia. Foi uma actuação boa no geral apesar de ter desafinado algumas vezes (quando tentasse atingir tons altos).

Pois é, foram esses os concorrentes q melhor se sairam na última gala. Ah, a propósito, eu não disse q essa cena de voto popular é uma merda? Já viram, Rui saiu.... Mas, força Rui, não desistas. P’ra próxima veja se apareces com umas mirrabas, sá’s como é...


Notas:

» Um dos elos fracos desta edição do Fama é o corpo do júri. Elvira Viegas na minha opinião não serve p’ra juíza. Eu ‘tô feliz por ela ter conseguido essa bolada, já q não tá a vender discos (maldita Dzucuta), mas não tá a julgar como deve ser. Por exemplo ela deu nota positiva à Júlio António q vocalmente esteve mal.

» O juíz convidado da tarde foi Nelson Maquil q também não deu conta do recado, tendo por exemplo criticado negativamente a interpretação de Arlete Fernandes e ter dado nota positiva à Abel Crisanto q foi nada mais, nada menos q a pior actuação da tarde. O q é q Maquil entende de música p’ra começar?


» A actuação de Abuchu foi em play black, ou seja a instrumental e os coros eram da canção original. Não é injusto?

» Depois de ter interpretado a sua canção de despedida, Rui Michel gritou “back home, back home!”. Porq é q moçambicanos gostam tanto de “falar” inglês nos dias d’hoje? Terá algo à ver com a integração regional ?

Thursday, November 01, 2007

Os ++ de 2007



As mangueiras já vão bem aceleradas na sua função quando chega esta época do ano. O ano tá a terminar. Como havia dito na postagem em q tentei pôr os visitantes a votar no artista (na área musical) mais popular do ano, 2007 não foi nada monótono, com a música jovem e a criminalidade a disputarem tempo de antena radiofónico e televisivo como se fossem candidatos à Ponta Vermelha.
Justamente quando achamos q a polícia tem a situação sob control (já passam uns bons meses sem “grandes acontecimentos”) um grupo de perigosos cadastrados se escapa da guarda da Polícia! Fogo! Mas ok, vamo-lá falar de música:

Faltando 2 meses para o fecho do ano, tudo o q for lançado durante este período só vai bater no próximo ano, então já podemos balancear 2007. Vou pôr a coisa assim:

Artista mais popular do ano- Denny OG
Só faltou o governo reqisitar Denny pra abrir as comemorações do dia da paz, nem q fosse só p’ra ele dizer chóóóóó....

Canção (Rap) do anoAs mentiras da verdade (Azagaia)
Sem comentários

Álbum Rap do anoTudo se vende, tudo se compra (Yazalde-Yazalde)
Para além do facto de este álbum ser forte em todos os aspectos (excepto talvez o facto de não ter tido uma divulgação e distribuição mais apropriada), os outros Rap-istas perderam por falta de comparência. Qem mais lançou?

Rap-surra do anoCu gordo (Duas Caras)
http://www.gpro.co.mz/

Álbum mais tocado do anoBang Ent. Vol I (Bang Entretenimento)
Cada faixa é um hit.

Programa televisivo do ano – Music Box (STV)
Na sua vertente de produção de espectáculos - Music Box Live- este programa serviu de prova do momento bom q a nossa música está a atravessar.

Gravadora (ou Label como vocês dizem ) do ano – Bang Entretenimento
Qem controla o game?

Produtor do ano
DJ Ardilles - género Dzucuta/ Pandza
Bagas – género R&B

Video Clip do anoDança do Remexe (Dama do Bling)
Direcção de Marcell

Director de Vídeos do ano - Marcell
Não percebo como é q não foi seqer nomeado para a categoria de melhor director (realizador) dos vídeos moçambicanos premiados pela Channel O.

Acontecimento do ano – os prémios da channel O p’ra Dama do Bling e Lizha James.

Perdas
Mas nem tudo foi bonito este ano. A música ficou mais pobre como o desaparecimento fisico de Jeremias Ngwenya, Chonil e Fat Lara. D.E.P. (descansem em paz).

Só qeres um bocado de bife? Oh, eu trouxe um boi inteiro...


Eu tava p’ra entrar uma postagem q levaria o título “onde é q anda Duas Caras quando p’cisamos?”, e não é q de repente o gaj’ aparece? Na última sexta-feira no programa televisivo + Jovem os ânimos estavam altos com Dzucuteiros dissidentes do Hip Hop e ‘fiéis ao jogo”, em rota de colisão. Não sei se é legitimo eu dizer fiéis, porqe na verdade era uma data de dzucuteiros versus Duas Caras. Mas não vi o programa por inteiro, então não sei se Duas tinha reforço.
O q pude perceber é q a G-Pro representada por Cara-Cara tinha de explicar o conteúdo da faixa DzucuPandza q anda a rodar pelas rádios e por sinal tá a “criar polémica”.
Lá Duas explicou q a cancão não tava direccionada a ninguém em particular, mas sim as rádios, q não estão a dar lugar à diversidade musical e tudo isso. N Star fez ver q não gostou, não da música em si mas do tratamento (musiqinha) q o estilo q ele ajudou a criar ( disse q foi ele qem deu o nome Dezucuta ) foi dado por Cem Paus e Duas em DzucuPandza. Depois disso pegou no micro e interpretou o tema de resposta (q conta com a participação de Denny OG, q esteve ausente).
Depois foi a vez de Duas q mandou logo de início: “Mega Jr. fora, X Ray fora...” e na segunda estrofe “...niggas fazem Dzucuta p’ra por comida na mesa”. wooo!!

Mega Jr. não gramou da cena e disse algo tipo “esses falam mas andam a pé, eu tenho minha casa, meu carro e alimento meus filhos com o Dzucuta...”
Duas não respondeu prontalmente, mas deve ter ligado p’ra Djo naqela noite tipo “ouve-lá, abre-lá o estúdio, mano, qero descascar aqele gajo”, porqe no dia seguinte tava nas ruas de Maputo o rap-surra do ano: Cú gordo, em q Caras (usando a instrumental de My fo fo de Fat Joe) simplesmente wapa Mega Jota em linhas como: “Eu nunca ouvi mas teu álbum é um lixo/ se julgarmos pelo preço q entregaste a VIDISCO/ foram 5 paus, vi o contrato com Emídio...” e no refrão “Mega? qem é esse Mega? é o maior boiola q eu já vi....”
Eu duvido q esta faixa vá passar na rádio devido a quantidade de palavrões q contém (‘cês conhecem Duas), e se ainda não ouviram, e só entrar p’ro site da Gpro http://www.gpro.co.mz/

Mega Jr. 0 , Duas Caras 1

Juntando Trapinhos

Casamento é o sacrifício q os homens fazem p’ra ter sexo, e sexo é o sacriíficio q as mulheres fazem p’ra ter casamento. - alguém


Sou como Prince. Adoro música e mulheres. Ah, mulheres, mulheres. Se ao menos eu tivesse uma... Minha pontuação com mulheres é muito parecida com a minha conta bancária: ridícula. Na minha idade já devia ter brincado o há p’ra se brincar, ter pontuado o há p’ra se pontuar, devia planear me casar mas...
Embora eu ache a união de duas pessoas (de sexos opostos, claro) para constituir familía algo importante, não só p’ra as pessoas envolvidas mas p’ra a sociedade no geral, o casamento p’ra mim tá fora de cogito (até porq é p’ciso ter alguém, p’ra começar). Mas às vezes penso nisso, principalmente quando alguém toca no assunto.

O outro dia ‘tava a ouvir casamento de Mahel, taza ver, e voltei a pensar na cena. O q percebi dessa canção é q basicamente o indivíduo estava a se lamentar por o seu casamento ter colapsado. Penso q a idéia central da letra, embora não tenha a certeza (‘ces sabem como as letras de Mahel são patetas), é q tudo é muito bonito no início mas depois d’algum tempo, o lar torna-se um verdadeiro estado de sítio. Verdade, só q no caso de Mahel o tempo bonito foi por sinal muito curto. Mas não é de Mahel q qero falar.

Como já disse, casar não tá nos meus planos, não só pela minha trágica situação financeira (q é algo q pode mudar), mas é q não tenho tido lá grandes exemplos a seguir: sou filho de pais separados. Meus primos são filhos de pais separados. Muitos dos meus amigos são filhos de pais separados. E essas separações (ou divórcios) não foram (nem costumam ser) nada amigáveis. Essas são as minhas estatísticas, então o papo de “cada caso é um caso” p’ra mim não serve.
Como eu disse no início, eu até aprecio a importância do casamento na estruturação da sociedade. Sim, um indivíduo q cresceu num lar estável tem menos chances de sair pelas ruas a assaltar gente e cenas assim. Mas a experiência mostra q a instituição do matrimónio tá na rota da falência (principalmente nos dias d’hoje).

O q me leva a perguntar: porq raio a gente se casa então?

Tem q haver uma forma de a gente criar nossos putos como deve ser, sem termos q suportar a mesma gaja por anos e anos, pá! Nós homens (nós africanos principalmente) p’cisamos de variedade em nossas vidas! Legalizem a poligamia... se faxavor!

O celibatário não presta mas não acredito no casamento. Não nos moldes convencionais. Mas talvez me case em nome do ... sexo. E também p’ra ter um par de fedelhos p’ra me passarem cheqes quando eu estiver gagá.

Senhoras, o q é q dizem?