Diário d’uma irreverente (Bang Entretenimento, 2008) – Dama do Bling
Karrine Steffans é o nome de uma ex-modelo americana de videos musicais do género Hip Hop. Sua carreira ganhou certa notoriedade devido ao facto de a mesma não se confinar à videografia mas também pelos affairs q teve com a maior parte dos rappers com qem “contracenou” ganhando por isso a alcunha de Superhead (super sexo oral).
Em 2005 Steffans decidiu se abrir com o mundo e contar as aventuras sexuais q viveu com alguns dos mais influentes nomes da indúsrtia musical norte-americana numa longa lista em q constavam nomes como Jay-Z, DMX, Ja Rule e Dr. Dre entre outros, ao escrever o livro Confessions of a Video Vixen, livro este q foi um sucesso de vendas tendo atingido o top 10 dos best sellers.
Em 2005 Steffans decidiu se abrir com o mundo e contar as aventuras sexuais q viveu com alguns dos mais influentes nomes da indúsrtia musical norte-americana numa longa lista em q constavam nomes como Jay-Z, DMX, Ja Rule e Dr. Dre entre outros, ao escrever o livro Confessions of a Video Vixen, livro este q foi um sucesso de vendas tendo atingido o top 10 dos best sellers.
Posso estar enganado mas algo me diz q a idéia de a Dama do Bling escrever Diário d’uma irreverente foi inspirada na estória de K. Steffans, q aliás escreveu um segundo livro intitulado The Vixen Diaries, coroado com o mesmo sucesso do primeiro.
Quando Bling andava pelas televisões a anunciar o lançamento do livro não eram poucas as pessoas q se perguntavam o q tinha ela p’ra dizer sobre sua tão curta carreira q merecesse registo literário. Me lembro por exemplo, de Bayano Valy ter postado um texto no seu nullius in verba em q qestionava a dita irreverência da Dama. Aliás, eu devia ter enviado a minha cópia à Valy p’ra ser ele à fazer isto, mas o mano não anda com muito tempo p’ra blogar ultimamente. Então epa, ya, vocês vão ter q se contentar com a minha ignorante crítica.
“Nesta obra, a Dama do Bling explica os níveis da sua irreverência” escreve Juvenal Bucuane no prefácio. Será? Vamo’-lá ver:
O diário começa com o seguinte diamante: A todos q me jogaram pedras, muito obrigada! Com elas construí meu castelo! Seguidamente Ivânea conta como entrou p’ro mundo da música, fala do desafio de gravar o seu primeiro CD, o primeiro video, a primeira mola q ganhou e tudo isso. Tudo de forma muito breve. Depois entra p’ro capítulo q dá conta da digressão q fez pelo país inteiro. Por estas alturas dou comigo a me perguntar "mas afinal em q é q J. Bucuane ajudou p’ra esta “obra” além de escrever o prefácio?" A simplicidade da escrita do diário até esta parte é a de um adolescente aspirante à escritor. Ou nem isso. Mas o q entendo eu de literatura?
Uma das cenas aborrecidas de se ler este livro é q sempre q Bling diz algo q ela acha interessante ou engraçado, ela termina a frase com um hehehe. Kanino pode fazer isso no blog, mas num livro? Eu prometo, no livro q estou à escrever- Diário de um perdedor (tudo é impossível)- não vou fazer isso.
Epa, este texto já ‘tá a ficar longo demais e ‘cês sabem q esse não é o meu m.o. (modus operandi). Até porq sendo este livro de se ler num piscar de olhos, não faz sentido q este review seja alongado.
Mas mbo, continuando, terminado o relato sobre a tourneé da Dama pelas províncias, entra-se p’ra parte mais importante do diário- onde o leitor é suposto encontrar a reacção da artista espectaculosa (é assim q ela se descreve no livro) da nossa música às criticas da sociedade moçambicana à sua “irreverência”.
Começa com a visita da cegonha e a seguir em vez de falar por exemplo do barulho q causou com a polémica actuação no cine África e da situação da perda do bebé q esperava, ela fala das lições q aprendeu com tudo isso: “Aprendi q não importa o quanto eu me importe, as pessoas simplesmente não se importam.” E sim, o nível da escrita melhorou bastante nesta parte. Deve ter sido por aqi q o Sr. Bucuane deu aqele toqe.
Num capítulo mais adiante ela aponta os seus críticos como hipócritas, depois conta uma estória sobre crianças do Chamanculo e em jeito de conclusão ela conta de forma metafórica como cada momento da sua vida é importante e não pode livrar-se de nenhum deles. E este é basicamente o diário d’uma irreverente, o resto são fotografias e letras dos seus maiores êxitos.
- É um livro p’ros fãs. Os fãs mais jovens diga-se (leiam aqeles q não gostam de ler), q aindam não tinham as letras de hits como boy, mexe-mexe e Obrigada (de nada Bling) entre outros;
- A sequência dos “capítulos” é um tantinho confusa;
- Não, não se encontra aqi nada q nos diga até q ponto Bling é irreverente;
- Bling podia ter explorado mais e ido mais fundo naqeles assuntos q supostamente a levaram à escrever o diário d’uma irreverente;
- Em determinado momento do livro Dama do Bling diz achar q tem o dom da escrita e se me perguntarem eu vou vos dizer q também acho. Acho q ela tem algum potencial. Acredito q se ela não tivesse se apressado em editar o livro ainda este ano o diário podia ser bem melhor;
- Uff! Nunca mais passo aqi um livro em revista, fogo!... Ainda acabo dizendo q Mia Couto não é tão bom escritor assim... ‘cês sabem como eu sou.
NB: Um gajo q não lê escreveu isto...