Album Em Revista

Artista: MTR Gang
Album: E.S.C.S. (Eles Sao Como Sao )
Ano: 2016
Money Talks Records

ELES NÃO SÃO APENAS COMO SÃO… ELES SÃO TAMBÉM UMA EXCEPÇÃO À REGRA!

Aos entusiastas de música e seguidores de sons urbanos essencialmente inspirados em derivados contemporâneos de Hip Hop, hoje recomendo uma proposta alternativa: a mixtape “E.S.C.S” (sigla para “Eles São Como São”), lançada no final da semana passada (14 de Maio) pelo colectivo MoneyTalk Records.

Compostos por promissores nomes como Saypablo (que produziu e participou numa música comigo para a mixtape “Das Redes P´ras Ruas”, a sair brevemente), destacam-se também Sp, Sepulto, Myka D'avo, Negro, Ciabonga, Nick Mendes e Libra. Em instrumentais produzidas por Double Sp, Biosense, Alotropia e Grim, apresentam diversas criações rítmicas profundamente inspiradas pela nova vaga de Hip Hop mainstream internacional mas sem, no entanto, descurarem as suas próprias vivências juvenis e sempre inseridas no contexto social e cultural de Maputo, a cidade onde vivem. Um exemplo do que a nossa juventude pode fazer, para além de comprometer o seu futuro com cerveja barata, hábitos promíscuos e vidas sem perspectiva: estes jovens juntaram os seus parcos recursos e, com criatividade e força de vontade, trancaram-se numa garagem transformada em estúdio até fazer nascer este projecto. Se tivéssemos uma indústria musical com faro e competência para prospecção de talentos encontrar-se-ia nesta mixtape uma mina de ouro, indubitavelmente.

Pessoalmente, fiquei deslumbrado com a faixa “Fazes-me Bem”, interpretada por Myka D´avo (atenção a esta rapariga, senhores) e Negro. Certamente um dos melhores momentos da colectânea. As faixas “Lalazar” e “Capulana Swag” são outras das surpresas mais agradáveis da mixtape, a par de “Carta de Condução”, retratando uma história onde muitos jovens de Maputo e arredores poderão certamente se rever. A minha menção honrosa vai para a faixa “Diamante”, música que fecha a colectânea e para a qual chamo especial atenção pela excepcional produção de Double Sp. Um nome a ter em conta no circuito criativo da nova música urbana de Maputo.

A MoneyTalks Records recebe, por esta colectânea, 18 valores numa escala de 0 à 20.

Resenha escrita por Edgar Barroso

Link para download gratuito da mixtape

MTR - E.S.C.S (2016) [Explicit].zip

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"Reloaded"

As postagens no sanguemoz voltam em breve, desta feita com colaboradores. A linhagem do blog continuara' a mesma. Ate ja...

O Que Deus uniu o Homem não separa (?)

"Pouca coisa é necessária para transformar inteiramente uma vida: amor no coração e sorriso nos lábios." -Martin Luther King

Mia Couto em modo revolucionário: “é preciso sair à rua; é preciso revoltarmo-nos

Via: http://www.opais.co.mz

O escritor moçambicano Mia Couto, homenageado ontem na quarta edição do Escritaria, em Penafiel, acha que perante a situação actual “é preciso sair à rua; é preciso revoltarmo-nos; é precisa esta insubordinação”.

[…]

Ele, que foi um militante empenhado da luta pela independência moçambicana, acha “que só há que saudar gente que faça coisas e não cruze os braços, mesmo que não ainda compreenda exactamente qual é a saída”. “Pelo menos vem dizer que não aceita o que está a acontecer, e isso é importantíssimo”, concluiu.

Mia Couto não está cá

Musa da semana: Marllen

A menina das pernocas. O outro dia vi o seu mais recente vídeo e só foi bom q um gajo 'tava sozinho, porq seria desconfortável! Aquela cena é quasi-pornográfica! Ok, 'tô à exagerar mas, fogo!

Mas, bom, seja como for, é a eleita pela equipe (eu, eu-mesmo e eu-próprio) aqi do SangueMoz para nos encher os olhos antes de saírmos p'ra beber.

Bom fim-de-semana. Qem qiser beber, beba; qem qiser conduzir, conduza. Qem qiser beber e conduzir, tamém fiqe à vontade, epa a vida é só uma, há q curtir! É só não atropelar à mim, minha família e meus amigos...

Coisas q retive ao ler a entrevista de MC Roger para a revista MOZCELEB

Quando um gajo achava q MC “Fato-Italiano” Roger já estava acabado e esborrachado nas malhas da irrelevância, o “artista moçambicano mais badalado” é capa da última edição da Mozceleb! Mais uma uma prova do quão desligado estou do showbizz nacional.
Não sei explicar o porqê de eu ter comprado a revista, dado q em todas suas entrevistas MC Roger fala das mesmas coisas: q procura mostrar o q Moz tem de bom, q é um jovem batalhador, q tem visão, q veio de baixo, etc, etc. Mas epa, acho q lhe dei o benefício da dúvida (leiam tinha alguma mola extra) e confesso, precisava de algo para escrever e actualizar o blog. E como já imaginava, a entrevista não foge à regra e sem mais delongas aqi vão algumas ilações q tirei ao lê-la:

1. Aqela estória de q gasta muito dinheiro com livros sobre Marketing e Negócios é treta.

Quando o entrevistador pediu q citasse alguns grandes nomes do marketing por si lidos, deu voltas dizendo q não podia citar ninguem em particular e q Deus não veio para fazer mal às pessoas mas para ajudar àqeles q se esforçam! Hã?? Mas citou nomes quando lhe perguntaram sobre referências em Televisão. Hmmm...

2. Música não rende em Moçambiqe, fama sim.

Quando qestionado sobre se ganhava dinheiro com a música pensei fosse dizer q o prncipal “income” do músico eram as actuações em palco mas nem as mencionou seqer. Disse ser necessário ser suficientemente popular para conseguir contratos de publicidade.

3. MC Roger foi obrigado à se casar.

Respondendo à pergunta da Mozceleb sobre os atributos da esposa q o levaram a escolhê-la p’ra ser a sua parceira até a velhice, disse q não teve escolha: ela engravidou e então teve q casar com a gaja. Sério. É claro q não fez uso destas mesmas palavras q eu escrevi, mas foi essencialmente isso q ele disse.

4. MC Roger Initiative é outra balela.

A menos q não devamos levar a sua página oficial na Internet a sério, porq acabei de checá-la e ao ver o link “MC Roger Initiative” eu esperava encontrar informação sobre as actividades desenvolvidas pelo projecto, objectivos, metas e tudo isso, mas, nada! Basicamente a MC Roger Initiative são aqueles 60 paus q o gajo doou à alguns anos atrás ao Gabinete da Primeira Dama. Lembram-se?
O q me leva à crer q esse novo projecto, “junventude, paz e auto-estima“ ou lá como se chama, não é mais q o meio através do qual MC vai realizar o seu mais recente sonho: adqirir o último Range Rover.

5. MC Roger é o espelho do q Moçambique é no momento.

Um país de faz-de-conta, onde se valoriza o embrulho e não o conteúdo.

Nota em paralelo: na anterior ediçao em q Valentina Guebuza (ouvi dizer q é ela a dona da revista) é capa, ela mencionou MC Roger como um dos seus artistas favoritos. Coincidência?

Legalizem a Suruma!

Exercicio Lírico

Assalto Lírico- Coldman com Sick Brain, Tira-Teimas, Kay Real, Rage e Shackal

Tema do álbum O Vento Sopra Do Norte q saiu à meados do ano passado mas q não teve a devida promoção (parece q o tipo tem outras ocupações), “assalto lírico” é daqeles sons q põem o público ao rubro nos shows com os MC´s a desfilarem sua classe na arte de rimar. Eis a estrofe do dono:

Incorporado neste batalhão de Assalto Lírico
tchaio norte, tchaio sul, meu ataqe é cíclico
É Coldman em marcha tipo um político
Do Rovuma à Maputo, do Zumbo ao Índico
Não estou sozinho trago um staff magnífico
com balas q dissolvem qualqer discurso crítico
juntos na campanha contra falsos e cínicos
estamos coesos feito um composto qímico
É amor ao Hip Hop do modo mais explícito
Com arma na mão até me esqeço q sou tímido
Fico dominado por poderes místicos
aqi o pacífico mistura-se ao fatídico
porque me embriago com cenários realísticos
tu não vês q meus golpes são verídicos?
Disparo contra a mente mas afecto o físico
Isto é guerra fria, bro, ‘tás no frigorífico

Epa, parece q o Mega Show não foi lá essas coisas...

Da secção de comentários do site http://www.toosexyonline.com/:

Celebrity Millenium show ou Millenium Celebrity DISASTER???

Existe uma frase que diz que “Quando voce não sabe fazer uma coisa, ou aprende, ou arranja quem sabe fazer”.
A celebrity Produtions não fez NENHUMa das duas, e o resultado foi no mínimo DESASTROSO.
Os bilhetes, cartazes e tudo mais dizia “Celebrity Millenium Show AO VIVO em Moçambique”. Se calhar não sabiam que AO VIVO= Banda, não aquele PlayBack que nós vimos…
Não é preciso ser nenhum expert no assunto. Basta dois dedos de testa para perceber. Hora, vejamos os factos:
Parqueamento: Cheguei ao estádio do Zimpeto as 14:15. Vim cedo para evitar engarrafamentos e filas (que se esperavam ser enormes). No local não havia NENHUMA sinaléctica de onde eram as entradas (VIP/Normais). Os (poucos) lugares que o zimpeto possui, estavam reservados aos VIPS´s. Logo, nós la nos desenrascamos e estacionamos nas mediações do estádio (sem NENHUMA organização por parte da polícia da produção).
Posicionamento do palco: em NENHUMA parte do mundo se coloca um palco da forma que estava…a MILHAS do público. Publico este que viu o show pelas Telas…literalmente.
Sim, entendo que haja uma necessidade de proteger o tartan e o relvado do estádio…Quando assim é, procura-se um local onde as condições estejam melhores…
Protocolo: Vi CENTENAS de jovens envergando a camisete da organização com um crachat de “staff” e um contingente policial digno de visita de estado, que estavam a fazer…NADA!!!
Entramos e demos uma volta pelo estádio. O som? Silêncio absoluto!!! E a meia hora da hora marcada para início do show…
Entramos e nos acomodamos. Passado uma hora (15:20) a sede “apertou”…Vamos lá procurar um bar onde possamos comprar uma água…Bar??? oh…Estão a INSTALAR-SE…
La voltamos para o lugar. Não deu nem 5 minutos e descobrimos que a área onde estavamos sentados era VIP, logo que nos deveriamos mudar… Ai começou um reboliço, porque à entrada, NÃO HAVIA NENHUM protocolo a indicar as pessoas onde se deveriam sentar, logo, recusamo-nos a sair (SIM, vi o show na bancada VIP com bilhete normal..)
Estando lá quase a duas horas, o único som que nós escutavamos eram “ah!…One two!…” ou “Yeah!…ahhh!!…Mic check!”
Sound check as 16 horas mesmo? Inacreditável…
Eram 17 horas quando se começou a ouvir algo… E cabia ao DJ Damost salvar o evento do descalabro…
E ai foram desfilando as estrelas nacionais. Entre desastres e actuações medianas, destaco a participação de Ziqo, que foi o UNICO a lamentar o facto de estar a actuar longe do público (a frase “hoje vou actuar para fotógrafos”, arrancou enormes aplausos do público).
E chegou o tão esperado momento da noite, ou devo dizer, da MADRUGADA. Ja passavam da meia noite quando Fat Joe se fez ao palco. Sua performance, impecável e inquestionável…
Os P-Square não se fizeram presente, porque, segundo a produção, perderam o voo.
O show da Ciara, fez valer o dinheiro que o publico gastou para lhe ver…Um show de musica e dança sem igual.
O momento mais infeliz da noite foi quando uma voz, vinda da cabine de som do estádio dizia algo do tipo “Pedimos aos espectadores que estão na parte verde, para se retirarem. Pedimos a vossa colaboração”. Até ai tudo bem…MAS, fazer isso POR CIMA da voz da Ciara? Enquanto o show decorria?? Por mais de meia hora??? Façam-nos o favor…!!!!!
Conclusão: Em minha opinião, a palavras-chave deste concerto são: Desorganização total e falta de respeito. Os artistas e o publico que la compareceu merece muito melhor tratamento do que teve…
Tenho muita pena e vergonha da imagem que eles levam para a américa…
Leonel Mendes
06/06/1

*Se eu tivesse mola contratava esse mano, Leonel Mendes p'ra fazer esse tipo de "reviews" aqi para o S.M. principalmente naqeles momentos em q decido tomar chás de sumiço...